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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Força da Mente – Espíritos Morrem? – Espíritos casam? - Crosta Terrestre ou Umbral? – Saber Indignar-se



I – Revisão
No estudo anterior, vimos que os espíritos somos apenas nós, mas em outra dimensão. Vale dizer, não é o espírito de “fulano” e sim o próprio “fulano” em outra dimensão vibracional. Assim, espírito não é fantasma, é ser humano dotado de corpo físico (da dimensão chamada de espiritual) com todos os característicos de qualquer ser humano. É gente.

Aprendemos também que não existe ócio nas colônias espirituais, mas sim, trabalho constante, havendo, até mesmo, espécie de papel moeda, chamado de “bônus-horas”, recursos obtidos como resultado do trabalho e com os quais conquistamos benefícios nas colônias.
       
Vimos que o corpo espiritual (perispírito) também sofre desgaste físico e a mente fica cansada. Dessa forma, as pessoas desencarnadas (espíritos) também dormem para descansar e recuperar-se do desgaste físico e mental.

Analisamos que o plano vibracional conhecido como Mundo Espiritual possui diversas camadas vibratórias, algumas muito diferentes entre si, tanto que é possível a espíritos bem intencionados, quando dormem, se desprenderem e irem para dimensões vibracionais mais sutis.


Conhecemos uma nova espécie de vestimenta do espírito, o chamado “corpo mental”, que seria um envoltório sutil criado pelo espírito por força da emissão, recepção e metabolização de vibrações, gerando, pelo atrito de forças contrárias, um campo eletromagnético ao redor do “ente essencial” ou “espírito”, que tem, como revela a questão 88 de O Livro dos Espíritos, a aparência de “uma flama, um clarão ou uma centelha elétrica”.

Além disso, passamos como exercício da semana o controle emocional, ou seja, nunca entrar no chamado estado de cólera, raiva, ira, “perder a razão”.

Hoje, vamos começar analisando o porquê deste exercício e sua importância para nossa saúde mental.

II – A Mente Humana
O exercício da semana passada foi evitar ao máximo ficar nervoso, com raiva, com cólera, “perder a razão”.

E qual razão deste exercício?

Qual a importância disso? Porque é importante não “perder a razão”?

Vejamos as preciosas lições constantes do livro “Entre a Terra e o Céu” (fls.178/181):

A cólera não aproveita a ninguém, não passa de perigoso curto-circuito de nossas forças mentais, (...) arremessando raios destruidores ao redor de nossos passos”.

A criatura enfurecida é um dínamo (máquina que transforma energia mecânica em energia elétrica) em descontrole”.

Lembremos as primeiras lições por meio da explicação de André Luiz no livro “Mecanismos da Mediunidade”, p. 49: “Imaginemo-lo (o espírito) como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tempo, com capacidade para assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente”.

Agora imaginem esse dínamo, nossa mente, no estado de cólera...

Voltando ao livro “Entre a Terra e o Céu”:

O súbito desequilíbrio de nossas energias estabelece os mais altos prejuízos à nossa vida, porque os pensamentos desvairados, em se interiorizando, provocam a temporária cegueira de nossa mente, arrojando-a em sensações de remoto pretérito, nas quais como que descemos quase sem perceber a infelizes experiências da animalidade inferior”.

E porque o pensamento desvairado provoca “a temporária cegueira de nossa mente?

Quando entramos em total desequilíbrio de nossas faculdades mentais, as vibrações mentais emitidas entram em tal grau de agitação que adentram na atmosfera com extrema violência, atraindo rapidamente a espécie de vibração mental similar, ou, em outras palavras, espíritos desencarnados que estão na mesma sintonia de vibração.

E, se estamos em estado de cólera, adivinhe a espécie de espírito atraído.

Assim, podemos ter a seguinte certeza: Se o descontrole, briga, discussão não começou por influência de espíritos, com certeza continuará sendo influenciada por espíritos que foram atraídos pela emissão de vibrações das pessoas envolvidas.

É isso que está dito de modo um pouco mais difícil na seguinte lição de Andre Luiz:

Correntes Mentais Destrutivas – Os referidos estados de tensão (mente conturbada), devidos a ‘núcleos de força na psicosfera pessoal’, procedem, quase sempre, à feição das nuvens pacíficas repentinamente transformadas pelas cargas anormais de ‘elétrons livres’ em máquinas indutoras, atraindo os campos elétricos com que se fazem instrumentos da tempestade”.

E a explicação de André Luiz continua para não deixar dúvidas:

Acumulando em si mesma as forças autogeradoras em processo de profundo desequilíbrio, a alma exterioriza forças mentais desajustadas e destrutivas, pelas quais atraí as forças do mesmo teor, caindo frequentemente em cegueira obsessiva”.

Assim, a pessoa em estado de descontrole mental (ira, cólera, “perda da razão”), entrando em sintonia com os espíritos afins, passa a absorver as vibrações também emitidas por estes espíritos, agravando o descontrole em que se encontra.

Importante entender: atraídos espíritos em sintonia com a emissão de vibrações baixas, você não apenas absolve os fluídos emitidos por este(s) espírito(s). Em regra, ou já está ou passará a estar numa espécie de obsessão (estudaremos com mais detalhes). Assim, os atos passarão a ser ditados/sugeridos por estes espíritos.

Nessa posição, emitem ondas mentais perturbadas, pelas quais se ajustam a Inteligências perturbadas do mesmo sentido, arrojando-se a lamentáveis estações de aviltamento, em ocorrências deploráveis de obsessão”. (Mecanismos da Mediunidade, p. 114).

E a palavra? Quando estamos em estado de cólera, gritando e xingando a todos?

A palavra, qualquer que ela seja, surge invariavelmente dotada de energias elétricas específicas, libertando raios de natureza dinâmica. A mente, como não ignoramos, é incessante gerador de força, através dos fios positivos e negativos do sentimento e do pensamento, produzindo o verbo que é sempre uma descarga electromagnética, regulada pela voz” (Entre a Terra e o Céu, p. 177).

Lembram-se como ficava a partícula de água quando exposta ao som de uma ameaça de morte?

Então, a partir de hoje, todos nós sabemos o que acontece quando ficamos com raiva e descontrole emocional. Sabemos também os grandes prejuízos que isso causa para a nossa harmonia mental e, portanto, a partir de hoje, vamos evitar ficarmos neste estado de espírito, ajudando na primeira das tarefas, tentemos “evitar pensamentos não edificantes”.


III – Diversas Curiosidades sobre o Mundo Espiritual (Continuação)

- Espíritos Morrem?
Vamos pensar juntos, o que é a morte?

A morte é o fim?

Com a morte tudo acaba?

Ou a morte é uma mudança de dimensão?

Mesmo as religiões que não são espíritas, que acreditam em inferno, purgatório e céu, não asseguram que existe uma vida eterna e a alma da pessoa vai para estes lugares?

Então, a primeira coisa que precisamos assimilar é isso: a morte é apenas uma mudança de dimensão.

O que “morre” é o corpo físico e tão somente (no plano espiritual também temos um corpo). A alma que o habita sobrevive a esta decomposição.

Lembram-se da mensagem de Andre Luiz?

“A vida não cessa e é fonte eterna”.

“Uma existência, um ato;
 Um corpo, uma veste;
Uma morte, um sopro renovador.”

Assimilando este conceito podemos começar ampliar nossa consciência sobre as leis que regem o Universo.

Até aqui já aprendemos que o Mundo Espiritual é composto de várias dimensões vibracionais, tão diferentes entre si que existe até mesmo reuniões mediúnicas para que um espírito de uma dimensão vibracional mais elevada possa manifestar-se em uma dimensão vibracional mais inferior.

Aprendemos também que nosso perispírito, em virtude de nosso estágio ainda inferior, é formado por uma matéria fluídica para nós, encarnados, mas bastante grosseira para espíritos evoluídos (questão 93 dos Livro dos Espíritos).

Assim, no decorrer dos séculos a pessoa desencarnada, evoluindo espiritualmente, pode “morrer” em uma dimensão vibracional para “renascer” em outra dimensão.

Vejamos esta passagem o livro Libertação (fl. 105):

André, já ouviste falar numa ‘segunda morte’...
Sim(...), tive notícias de amigos que perderam o veículo perispiritual, conquistando planos mais altos”.

E mais a frente explica o mentor de André Luiz (fl. 105):

Sabes, assim, que o vaso perispirítico é também transformável e perecível, embora estruturado em tipo de matéria mais rarefeita.”

Quando ouvimos a pergunta, “Espíritos morrem?”, no que pensamos? “Claro que não, o espírito é eterno”. Percebam a confusão de conceitos, respondemos a pergunta com o aprendizado de que morte é o fim, quando, como visto, é transformação.

Assim, temos que a morte é a perda do corpo que veste temporariamente o espírito e tão somente isso.

Nesse sentido, a pessoa desencarnada, que possui uma veste, o chamado perispírito, pode sofrer uma segunda, uma terceira, uma quarta morte, pelo desgaste natural da matéria quintessenciada de que ele é composto, tantas vezes quantas forem necessárias para acompanhar as sucessivas mudanças de dimensão vibracional pelas quais ele passar.


Mais para frente, quando os estudos estiverem mais aprofundados, iremos analisar a segunda morte pelo desgaste do corpo espiritual (perispírito) quando a pessoa desencarnada é renitente no caminho do mal, mas aqui, também, veremos que a regra é a mesma, ou seja, a alma é eterna, sendo a morte apenas a mudança de traje. Por enquanto, fiquemos apenas com a “segunda morte” como mudança para dimensões vibracionais mais evoluídas.

- Espíritos Casam? Namoram?
Depois de tudo que dissemos, já podemos entender que a dimensão vibracional do plano espiritual que está próxima de nós em muito se assemelha à vida terrena.

Podemos entender também que para nós o plano espiritual é mais sutil, mas, para eles (pessoas desencarnadas), que habitam a dimensão espiritual tudo é como aqui, material, concreto, nada holográfico, menos ainda abstrato. O que para nós é sutil, para eles é concreto, real e físico.

Assim, as pessoas que habitam o Mundo Espiritual, trabalham, se alimentam e até mesmo morrem, quando necessário, mudando novamente de dimensão. E vimos que mantém uma vida social, incluindo até mesmo concertos musicais e outros entretenimentos, sendo natural desenvolver afinidades, mormente se já são espíritos que trazem um sentimento da vida encarnada, que se devotem sentimentos de amor, carinho, ternura.

E por que, por acaso, não poderiam namorar e casar?

O espírito, assim entendido o ser em si, de forma geral, desvestido de roupagem perispirítica, não possui sexo determinado.  Porém, é comum um mesmo espírito passar dezenas de reencarnações seguidas como homem ou como mulher, conforme sua necessidade de evolução. Nesse sentido, quando na erraticidade espiritual, ou seja, quando na dimensão vibracional do plano espiritual, continuam com as mesmas características da vida terrena, mantendo-se homem ou mulher, conforme suas últimas reencarnações (porque é assim que se vêem).

Assim, é possível e acontece de espíritos afins, quando na dimensão vibracional conhecida como Mundo Espiritual, casarem e programarem novos planos juntos.

O livro “E a Vida Continua...” traz linda história de amor e narra o casamento entre os personagens principais no plano espiritual.

- Porque alguns espíritos vão para o umbral e outros ficam na Crosta da Terra entre os encarnados?

A dúvida que surge é a seguinte: Nós estudamos e aprendemos que existe a dimensão vibracional conhecida como Umbral. Vimos que é natural quando desencarnamos irmos para esta dimensão em razão da afinidade vibracional. Aprendemos que neste lugar existem hospitais, postos de socorro e colônias espirituais. Pois bem, o que faz uma pessoa desencarnada ficar na Crosta da Terra e não no Umbral? Qual a diferença?

Vamos lá.

Primeiro, como visto, a dimensão vibracional densa conhecida como Umbral inicia-se na Crosta Terrestre e vai até alguns quilômetros na atmosfera da Terra.

Como em todos os casos, o que vai determinar o local em que o espírito vai ficar é a sua afinidade vibracional.

Em regra, os espíritos mais acomodados, acostumados com os vícios materiais como bebidas, cigarros, comida em excesso, sexo pornográfico, etc, continuam entre os encarnamos para ficar vampirizando os fluídos emitidos (depois veremos o que é o vampirismo).

De outro lado, aqueles espíritos que estão consumidos pelo remorso e pela culpa, ou simplesmente inconscientes, são atraídos para as regiões umbralinas respectivas – dada a afinidade vibracional. Como, por exemplo, o vale dos suicidas.

Por fim, aqueles que nutrem extremo ódio e raiva em seu interior, são rapidamente localizados pelos espíritos trevosos, que alimentam este sentimento e faz pactos para ajudá-los em vinganças, desde que os ajudem em retribuição, comprometendo a pessoa por muito tempo.

Voltamos, assim, ao que estudamos nas outras semanas, não importa para onde vamos, mas sim como vamos.

Quem fez o bem, já possui uma vibração mental diferenciada e, ainda, receberá assistência dos amigos espirituais, indo para locais de socorro, estão fora do que foi citado aqui.

Quem fez o mal ou simplesmente foi omisso sua vida inteira (uma espécie de fazer o mal) pode ficar entre encarnados, vagando nas dimensões umbralinas mais densas ou ainda se associarem a espíritos trevosos.

Futuramente vamos estudar um pouco mais isso.

IV – Exercícios para a semana
Vamos encerrar os estudos de hoje propondo manter os três exercícios da semana passada e acrescentar mais um derivado do primeiro.

Iremos manter: a) evitar pensamentos não edificantes durante o dia a dia, o que inclui não “perder a razão” (estado de cólera); b) emitir bons pensamentos quando cruzamos com pessoas na rua (principalmente as claramente necessitadas); c) meditar cinco minutos ao menos três vezes na semana.

O exercício que vamos acrescentar também deriva do primeiro “evitar pensamentos não edificantes”.

Será o seguinte: aprender a forma correta de se ficar indignado.

A indignação pode ser uma legítima forma de se expressar.

André Luiz explica no Livro Entre a Terra e o Céu (fls. 170/180): “A indignação é necessária para marcar a nossa repulsa contra atos deliberados de rebelião ante as leis do Senhor”.

Porém, é necessário tomar cuidado ao se indignar.

Primeiro, não devemos ficar indignados por qualquer motivo, por qualquer bagatela.

Segundo, indignar-se não pode ser uma desculpa para “perdemos a razão”. Lembram-se do início destes estudos, o que acontece e os prejuízos quando ficamos no estado de cólera? Pois bem, não podemos ficar indignados com algum fato e “perder a razão”, ficar no estado de cólera, ira, raiva, violência, etc.

Vejamos mais estas lições contidas no livro “Entre a Terra e o Céu” (fls. 170/180):

Assim como a administração da energia elétrica reclama atenção para a voltagem, precisamos vigiar a nossa indignação principalmente quando seja imperioso vertê-la através da palavra, carregando a nossa voz tão-somente com a força suscetível de ser aproveitada por aqueles a quem endereçamos a carga de sentimentos”.
é indispensável modular a expressão da frase, como se gradua a emissão elétrica!”.

Nunca deve arrojar-se à violência e jamais deve-se perder a dignidade de que fomos investidos”.

Precisamos, assim, de muita cautela com a palavra, nos momentos de tensão alta do nosso mundo emotivo, a fim de que a nossa voz não se torne gritos selvagens ou considerações cruéis que não passam de choques mortíferos que infligimos aos outros, semeando espinheiros de antipatia e revolta que nos prejudicarão a própria tarefa”.

Dessa forma, temos que indignar-se é legítimo e pode ocorrer sim em nosso dia a dia. Porém, devemos aprender a indignarmo-nos mantendo o padrão vibratório alto, apenas falando o necessário e sem agredir ninguém. A partir de hoje, vamos tentar aplicar isso em nosso dia a dia, aumentando nosso nível de êxito ao cumprir a primeira tarefa “afastar qualquer pensamento não edificante”.

Vamos encerrar com esta linda mensagem de Emmanuel

http://www.youtube.com/watch?v=BRfb8AysFHY

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Temas da Palestra desta Terça-feira

Esta terça-feira, às 20h30min, no Núcleo Espírita Amor e Paz, vamos estudar:

- o que acontece com nossa mente quando estamos no estado de cólera;

- espíritos podem sofrer uma segunda morte?

- espíritos casam/namoram?

- início do Livro Os Mensageiros.

Acompanhem, indo na palestra e acessando o blog!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Perante os Amigos


O amigo é uma benção que nos cabe cultivar no clima de gratidão.

Quem diz que ama e não procura compreender e nem auxiliar, nem amparar e nem servir, não saiu de si mesmo ao encontro do amor em alguém.

A amizade verdadeira não é cega, mas SE enxerga defeitos nos corações amigos, sabe amá-los e entendê-los mesmo assim.

Teremos vencido o egoísmo em nós quando decidirmos a ajudar aos entes amados a realizarem a felicidade própria, tal qual entendem eles, deva ser a felicidade que procuram, sem cogitar de nossa própria felicidade.

Em geral, pensamos que os nossos amigos pensam como pensamos, no entanto, precisamos reconhecer, que os pensamentos deles são criações originais deles próprios.

A ventura real da amizade é o bem dos entes queridos.

Assim como espero que os amigos me aceitem como sou, devo, de minha parte, aceitá-los como são.


Toda vez que buscamos desacreditar esse ou aquele amigo, depois de havermos trocado convivência e intimidade, estaremos desmoralizando a nós mesmos.

Em qualquer dificuldade com as relações afetivas é preciso lembrar que toda criatura humana é um ser inteligente em trans-formação incessante e, por vezes, a mudança das pessoas que amamos não se verifica na direção de nossas próprias escolhas.

Quanto mais amizade você der, mais amizade receberá.

Se Jesus nos recomendou amar os inimigos, imaginemos com que imenso amor nos compete amar aqueles que nos oferecem o coração.

André Luiz - "Sinal Verde"

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Mensagem - "Ao Levantar-se"



"Agradeça a Deus a benção da vida, pela manhã.

Se você não tem o hábito de orar, formule pensamentos de serenidade e otimismo, por alguns momentos, antes de retomar as próprias atividades.

Levanta-se com calma.

Se deve acordar alguém, use bondade e gentileza, reconhecendo que gritaria ou brincadeiras de mau gosto não auxiliam em tempo algum.

Guarde para com tudo e para com todos a disposição de cooperar para o bem.

Antes de sair para a execução de suas tarefas, lembre-se de que é preciso abençoar a vida para que a vida nos abençoe."

Andre Luiz - Livro "Sinal Verde"

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Nosso Lar – A Vida dos Espíritos



I – Revisão

- Pensamento
Vamos começar sempre fazendo uma pequena revisão.

E sempre vamos citar a “força do pensamento”, porque é pela atividade mental diária que nos evoluímos.

Definição de Andre Luiz: “O pensamento é, sem dúvidas, força criadora de nossa própria alma e, por isto mesmo, é a continuação de nós mesmos. Através dele, atuamos no meio em que vivemos e agimos, estabelecendo o padrão de nossa influência, no bem e no mal”.

Lembrem-se também: todo e qualquer pensamento emite fluídos/vibrações.

Pelos pensamentos estamos sintonia com todas as pessoas encarnadas e desencarnadas que pensam como nós.

Vejamos estas passagens:

“Imaginemo-lo (o espírito) como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tempo, com capacidade para assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultâneamente” (Mecanismos da Mediunidade, p. 49).

Dínamo: máquina que transforma energia mecânica em energia elétrica.

Vejamos mais esta lição de André Luiz sobre a mente (“Mecanismos da Mediunidade”, fl. 47):

“A matéria mental é o instrumento sutil da vontade, atuando nas formações da matéria física, gerando as motivações de prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero, que não se reduzem efetivamente a abstrações, por representarem turbilhões de força em que a alma cria os seus próprios estados de mentação indutiva, atraindo para si mesma os agentes (por enquanto imponderáveis na Terra), de luz ou sombra, vitória ou derrota, infortúnio ou felicidade”.

“Mentação Indutiva: a indução significa o processo através do qual um corpo que detenha propriedades eletromagnéticas pode transmiti-las a outro corpo sem contato visível, no reino dos poderes mentais a indução exprime processo idêntico, porquanto a corrente mental é suscetível de reproduzir as suas próprias peculiaridades em outra corrente mental que se lhe sintonize.”

“E tanto na eletricidade quanto no mentalismo, o fenômeno obedece à conjugação de ondas.”

Assim, aos poucos, vamos compreendendo porque estamos em sintonia com todos aqueles que pensam como nós.

- Umbral
O umbral é uma dimensão vibracional densa, formada pelas vibrações mentais dos encarnados e desencarnados, destinada a expurgar os fluídos densos dos espíritos desencarnados.

Iremos todos para o Umbral? Em regra sim, pois a grande maioria de nós estamos em sua faixa vibracional. Porém, não importa se vamos para esta faixa vibracional, mas sim como nós vamos.

Ao longo dos estudos veremos que existem várias colônias espirituais na faixa vibracional denominada Umbral, além de hospitais e Postos de Socorro. Assim, precisamos retirar de nossas mentes que o Umbral é um sinônimo de inferno.

Umbral é uma faixa vibratória mais densa e somente isso.

E, como eu disse, não importa se vamos para esta região e sim como vamos chegar nela.

Aqueles que acreditam em Deus, fazem caridade, praticam o Bem pelo Bem, são corretos no dia a dia, fazem preces sinceras no decorrer de suas vidas, estes, com certeza, recebem uma assistência espiritual de seus amigos espirituais afins. Assim, normalmente, após o desencarne, são encaminhados para os hospitais e colônias existentes no Umbral.

De outro lado, aqueles que não dedicam um minuto de sua vida ao próximo, praticando caridade. Aqueles que fazem o mal pelo mal, não meditam ou fazem prece. Aqueles que, como André Luiz, fumam, bebem, comem em excesso, vivem em casas de prostituição etc., como veremos, estão lesionando não só o corpo físico, mas o corpo espiritual também e, naturalmente, não possuem uma ligação com os seus guias espirituais, sendo que, dificilmente, são encaminhados para o hospitais ou colônias, porque eles precisam expurgar estes fluídos densos adquiridos ao longo da vida terrena. Além da necessidade de alterar a faixa vibratória de pensamento a que se acostumaram por décadas.

Então é isso que precisamos guardar: umbral não é inferno, é faixa vibracional natural do nosso estágio evolutivo. E não importa se vamos para lá e sim como iremos. E o “como iremos” será determinado pelas nossas ações durante nossa vida terrena.



II – “Nosso Lar”
Conforme analisado semana passada, a colônia espiritual “Nosso Lar” localiza-se nas vizinhanças do umbral e é considerada uma colônia de transição.

Recebe o nome de colônia de transição, porque serve para que os espíritos advindos da região umbralina sejam socorridos e se adaptem ao Mundo Espiritual, programando novas reencarnações ou elevando-se para outras camadas vibratórias menos densas.

Como visto, nós passamos décadas no Mundo Material, assim, torna-se necessário se adaptar ao Mundo Espiritual e colônias como “Nosso Lar” também possui esta finalidade.

 - Organização de “Nosso Lar”

Nosso lar é uma cidade na dimensão vibracional conhecida como Mundo Espiritual.

Por ser uma colônia de transição ela possui sua organização estrutural voltada para receber e socorrer os espíritos desencarnados, auxiliá-los na programação da próxima reencarnação e, quando o caso, prepará-los para elevar-se às esferas mais altas do Mundo Espiritual.

Na colônia existem espécies de edificações, lá chamados de Ministérios, são eles:
- Ministério da Regeneração;
- Ministério do Auxílio;
- Ministério da Comunicação;
- Ministério do Esclarecimento;
- Ministério da Elevação;
- Ministério da União Divina.

Lísias explica a André Luiz:

“Os quatro primeiros (Regeneração, Auxílio, Comunicação e Esclarecimento) nos aproximam das esferas terrestres, os dois últimos (Elevação e União Divina) nos ligam ao plano superior, visto que a nossa cidade espiritual é zona de transição. Os serviços mais grosseiros localizam-se no Ministério da Regeneração, os mais sublimes no da União Divina” (fl. 56, “Nosso Lar”).

E, com o assombro de André Luiz com tamanha organização, Lísias ressalta “Nenhuma organização útil se materializa na crosta terrena, sem que seus raios iniciais partam de cima”.

Existe um Governador da colônia e ele possui 72 Ministros que o auxiliam na organização da cidade.


III – Diversas Curiosidades sobre o Mundo Espiritual
- Espíritos Trabalham?

Sim!

Diferentemente do que muitos acham, no Mundo Espiritual não há ócio e sim trabalho constante.

Inclusive, somente pelo trabalho é que as pessoas conseguem benefícios específicos em “Nosso Lar”, como casa ou até mesmo socorro espiritual para alguém.

Vejamos a passagem em que o Ministro Clarêncio explica esta questão para uma moradora de “Nosso Lar” que pede recursos de proteção a seu filho:

“Só no espírito de humildade e de trabalho é possível a nós outros proteger alguém. Que me diz de um pai terrestre que desejasse ajudar os filhinhos, mantendo-se em absoluta quietação no conforto do lar? O Pai (Deus) criou o serviço e a cooperação como leis que ninguém pode trair sem prejuízo próprio. Nada lhe diz a consciência, neste sentido? Quantos bônus-hora poderá apresentar em benefício de sua prentensão?” (p. 87/88, “Nosso Lar”).

Isso mesmo, não há só trabalho no Mundo Espiritual, existe também espécie de dinheiro, chamado em “Nosso Lar” de “bônus-horas”.

Nas palavras de uma amiga de André Luiz o bônus hora: “não é propriamente moeda, mas ficha de serviço individual, funcionando como valor aquisitivo” (p. 139, “Nosso Lar”).

Em “Nosso Lar” o vestuário e alimentação elementar são distribuídos gratuitamente. Além disso, existem locais destinados a abrigar aqueles que foram socorridos a pedidos de amigos ou familiares. Porém, aqueles que querem um diferencial precisam trabalhar.

Existe até mesmo um limite de jornada: “Cada trabalhador deve dar, no mínimo, oito horas de serviço útil, sendo permitido quatro horas de esforço extraordinário” (p. 140, “Nosso Lar”).

Para trabalhos mais árduos a remuneração é duplicada.

Importante entender: “Bônus-hora” não existe para que a pessoa desencarnada acumule patrimônio, mas sim é uma forma de quantificação de merecimento. A quantidade de bônus horas demonstra o tempo que a pessoa dedicou aos trabalhos na colônia e na cooperação ao próximo. Assim, torna-se mais fácil a adaptação ao sistema de merecimento, pelo qual o espírito consegue intervenções específicas ao seu favor, além de privilégios pessoais como ir em um concerto de música, roupas diferentes, etc.

Vejamos, portanto, que o Mundo Espiritual não é lúdico, ele é apenas outra dimensão, mas lá existe uma vida social normal, como aqui.


 - Espíritos Comem?
Sim.

O que é comer? Comer é ingerir alimentação necessária para manutenção das forças vitais do corpo.

A pessoa quando desencarna não apenas muda de traje? A alma não é eterna? Então, por óbvio, ela precisa se alimentar.

Assim, o corpo espiritual necessita de alimento, mas o alimento comum à dimensão do Mundo Espiritual, ou seja, não é idêntico ao alimento do Mundo Material.

Ocorre que essa mudança de alimentação é de difícil adaptação para nós depois do desencarne.

André Luiz explica no livro “Evolução em Dois Mundos”, p. 211:
“Os desencarnados em crise dessa ordem são conduzidos pelos agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação do plano espiritual, onde encontram alimentação semelhante à da Terra, porém fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que se adaptem aos sistemas de sustentação da esfera superior”.

Vejamos o caso narrado em “Nosso Lar”:

Em “Nosso Lar”, no início, era comum os seus habitantes quererem alimentos similares ao da Terra por simples vício mental.

Ocorre que o corpo espiritual não necessita mais de alimentação da forma que nós estamos habituados, basta que haja a absorção de energia vibracional/fluídica (para eles é concreta, mas comparada à nossa possui características fluídica).
         
Como “Nosso Lar” é uma colônia de transição, servindo para adaptação da nova realidade, seus dirigentes, com ajuda de colônias mais evoluídas, determinaram uma mudança de hábitos.

A alimentação deveria deixar de ser similar ao Mundo Material,  proporcionando uma real adaptação da pessoa no Mundo Espiritual.

Houve até mesmo revolta pública de alguns setores de “Nosso Lar”, a fase de transição para o novo sistema de alimentação durou mais de 50 anos.

Durante este período chegou a haver contrabando de comida na região do Ministério da Regeneração, onde havia pessoas desencarnadas recém chegadas do umbral.

Durante seis meses “os serviços de alimentação de ‘Nosso Lar” foram reduzidos à inalação de princípios vitais da atmosfera, através da respiração e água misturada a elementos solares, elétricos e magnéticos” (fl. 65, “Nosso Lar”).

Após esta fase, apenas as regiões do Ministério da Regeneração e do Auxílio permaneceram com alimentos similares à esfera terrestre.


- Espíritos Dormem? Sonham?
Claro!

Ora, o que são espíritos?

Espíritos não somos nós em outra dimensão?

Nós, em outra dimensão, não possuímos outro traje? Outro corpo? Mais fluídico do que o atual, mas que não deixa de ser um corpo?

O perispírito, nome que damos ao corpo do espírito no Mundo Espiritual, também sofre com o esgotamento de energias. A mente do espírito, ou seja, a nossa mente quando desencarnados também fica fatigada.

Dessa forma, o sono lá é como aqui, para recuperar o desgaste físico e mental da pessoa.

No capítulo 36 do livro “Nosso Lar”, André Luiz narra seu sonho.

Como estudaremos mais a frente, quando dormimos o espírito se liberta temporariamente das amarradas do corpo físico e adentra no Mundo Espiritual.

O sonho, dessa forma, costuma ser a nossa experiência no Mundo Espiritual. Porém, em regra, pouco ou nada guardamos desta lembrança, porque o cérebro humano não possui a aptidão para armazenar duas vidas (veremos isso a fundo outro dia).

O fato é, como vimos, nós, quando desencarnados, também possuímos um corpo, o chamado perispírito.

E a pessoa desencarnada (espírito), quando dorme também sonha e também se desprende do atual corpo (perispírito).

Disso surgem duas dúvidas:

1ª – Que forma o espírito usa ao sair do até então único corpo que ele possui (perispírito)? Encarnados nós temos o corpo físico, o perispírito e o espírito. Quando dormimos, encarnados, nós desprendemos do corpo físico, adentrando no Mundo Espiritual, nesse instante, o espírito “veste” o perispirito. Pois bem e como isso ocorre quando já estamos no Mundo Espiritual? Ou seja, quando já somos Espírito + Perispírito.

2ª – Se já estamos no Mundo Espiritual, para onde vamos quando sonhamos, enquanto espírito desencarnado?

Lembra quando falamos que “Nosso Lar” é uma colônia de transição?

Lembra quando explicamos que o umbral é apenas uma dimensão vibracional?

Pois bem, dentro do Mundo Espiritual, existem diversas dimensões vibracionais.

O Umbral e “Nosso Lar” estão na mesma dimensão vibracional, tanto que a colônia “Nosso Lar” possui muros em volta da cidade com sistema de segurança para impedir a invasão de espíritos trevosos (veremos isso mais para frente).

Pois bem, como vimos antes, “Nosso Lar” serve para socorrer espíritos que chegam do umbral e para eles se adaptarem ao Mundo Espiritual, podendo programar novas reencarnações ou elevar-se a esferas mais altas.

Estas esferas mais altas constituem outras dimensões vibracionais, muito mais leves do que a dimensão vibracional do “Nosso Lar”.

Na questão 93 do Livro dos Espíritos é explicado: “O Espírito está revestido de uma substância vaporosa para ti, mas ainda bem grosseira para nós”.

E ainda, na questão 94, afirmam que para os Espíritos superiores chegarem em nossa dimensão espiritual necessitam tornar seus perispírito mais densos.

Em “Nosso”, a mãe de André Luiz mora em uma colônia nestas esferas mais altas.

Assim, quando André Luiz dorme, ele se despreende do corpo perispiritual e ascende até a dimensão que a mãe dele mora.

O que ocorre entre “Nosso Lar” e a esfera vibracional onde a mãe de André Luiz mora (esferas mais altas) é basicamente a mesma coisa que ocorre com a gente e a esfera vibracional onde fica o umbral e o “Nosso Lar”.

E qual o corpo que o espírito de André Luiz usa para ascender até a esfera vibracional de sua mãe?

O espírito forma o chamado “corpo mental”, que é apenas um envoltório sutil da mente que envolve o espírito. Andre Luiz ressalta que não há ainda como definir precisamente para nós o que seria este corpo mental, em razão de falta de terminologia adequada.

Ficamos, assim, com a ideia de que o “corpo mental” é um envoltório sutil que envolve o espírito daquele que se desprende do períspirito, assumindo a forma que a mente deste espírito determina.

- Existem Reuniões Mediunicas no Plano Espiritual?
Como vimos, dentro do próprio mundo espiritual existem diversas dimensões vibracionais.

Tanto o é assim, que, como visto, o Livro dos Espíritos traz a lição de que os espíritos superiores precisam tornar seu corpo espiritual (perispírito) mais grosseiro para atuarem aqui.

Da mesma forma, a mãe de André Luiz, para poder visitá-lo pessoalmente em “Nosso Lar” precisou condensar seu corpo espiritual, adequando-o à escala vibracional em que estava André Luiz.

E o que o médium?

Médium é simplesmente a pessoa que consegue se comunicar com outras pessoas que habitam a outra dimensão vibracional. Não é nada mágico, místico ou sobrenatural.

Da mesma forma que aqui, no Mundo Espiritual, na dimensão vibracional do “Nosso Lar”, existem pessoas que conseguem se comunicar diretamente com outras pessoas que habitam dimensões vibracionais diferentes.

No livro “Libertação” existe a seguinte passagem (fl. 49):

“Os doadores de energia radiante, médiuns de materialização em nosso plano, se alinhavam, não longe, em número de vinte. (...). Esbranquiçada nuvem de substância leitosa-brilhante adensa-se em derredor e, pouco a pouco, desse bloco de neve translúcida, emerge a figura viva e respeitável de veneranda mulher”.

Existem dezenas de outras reuniões mediúnicas narradas por Andre Luiz, sempre realizadas na dimensão vibracional dele, recebendo visitas de espíritos superiores que habitam outras dimensões vibracionais mais elevadas.

Dessa forma, estes espíritos superiores, para se comunicarem, não precisam passar por todo o processo de condensação de seus corpos espirituais.

Depois, com o estudo contínuo dos livros, vamos analisar cada uma destas reuniões mediúnicas. Mas, assim, já vamos entendendo que o Mundo Espiritual possui várias e várias dimensões vibracionais. A própria ciência terrena, atualmente, já admite a existência de mais de 10 dimensões (física quântica).

IV - Exercícios para a semana


Vamos encerrar os estudos de hoje propondo manter os três exercícios da semana passada e acrescentar um derivado do primeiro.

Iremos manter: a) evitar pensamentos não edificantes durante o dia a dia; b) emitir bons pensamentos quando cruzamos com pessoas na rua (principalmente as claramente necessitadas); c) meditar cinco minutos ao menos três vezes na semana.

O exercício que vamos acrescentar deriva do primeiro “evitar pensamentos não edificantes”.

Será o seguinte: evitar ao máximo ficar nervoso, com raiva, com cólera, “perder a razão”.

Semana que vem veremos a explicação do que acontece com a gente quando ficamos nervosos, quando perdemos o controle!