I
– Revisão
No estudo anterior, vimos que os
espíritos somos apenas nós, mas em outra dimensão. Vale dizer, não é o espírito
de “fulano” e sim o próprio “fulano” em outra dimensão vibracional. Assim,
espírito não é fantasma, é ser humano dotado de corpo físico (da dimensão
chamada de espiritual) com todos os característicos de qualquer ser humano. É
gente.
Aprendemos também que não existe ócio
nas colônias espirituais, mas sim, trabalho constante, havendo, até mesmo,
espécie de papel moeda, chamado de “bônus-horas”, recursos obtidos como
resultado do trabalho e com os quais conquistamos benefícios nas colônias.
Vimos que o corpo espiritual
(perispírito) também sofre desgaste físico e a mente fica cansada. Dessa forma,
as pessoas desencarnadas (espíritos) também dormem para descansar e
recuperar-se do desgaste físico e mental.
Analisamos que o plano vibracional
conhecido como Mundo Espiritual possui diversas camadas vibratórias, algumas muito
diferentes entre si, tanto que é possível a espíritos bem intencionados, quando
dormem, se desprenderem e irem para dimensões vibracionais mais sutis.
Conhecemos uma nova espécie de
vestimenta do espírito, o chamado “corpo mental”, que seria um envoltório sutil
criado pelo espírito por força da emissão, recepção e metabolização de
vibrações, gerando, pelo atrito de forças contrárias, um campo eletromagnético
ao redor do “ente essencial” ou “espírito”, que tem, como revela a questão 88
de O Livro dos Espíritos, a aparência de “uma
flama, um clarão ou uma centelha elétrica”.
Além disso, passamos como exercício da
semana o controle emocional, ou seja, nunca entrar no chamado estado de cólera,
raiva, ira, “perder a razão”.
Hoje, vamos começar analisando o porquê
deste exercício e sua importância para nossa saúde mental.
II
– A Mente Humana
O exercício da semana passada foi
evitar ao máximo ficar nervoso, com raiva, com cólera, “perder a razão”.
E qual razão deste exercício?
Qual a importância disso? Porque é importante
não “perder a razão”?
Vejamos as preciosas lições constantes
do livro “Entre a Terra e o Céu” (fls.178/181):
“A
cólera não aproveita a ninguém, não passa de perigoso curto-circuito de nossas forças mentais, (...)
arremessando raios destruidores ao redor de nossos passos”.
“A
criatura enfurecida é um dínamo (máquina que transforma energia mecânica em
energia elétrica) em descontrole”.
Lembremos as primeiras lições por meio
da explicação de André Luiz no livro “Mecanismos da Mediunidade”, p. 49: “Imaginemo-lo (o espírito) como sendo um
dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tempo, com
capacidade para assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente”.
Agora imaginem esse dínamo, nossa
mente, no estado de cólera...
Voltando ao livro “Entre a Terra e o
Céu”:
“O
súbito desequilíbrio de nossas energias estabelece os mais altos prejuízos à
nossa vida, porque os pensamentos desvairados, em se interiorizando, provocam a
temporária cegueira de nossa mente, arrojando-a em sensações de remoto pretérito, nas quais como que descemos
quase sem perceber a infelizes experiências da animalidade inferior”.
E porque o pensamento desvairado provoca “a temporária cegueira de nossa mente?”
Quando entramos em total desequilíbrio
de nossas faculdades mentais, as vibrações mentais emitidas entram em tal grau
de agitação que adentram na atmosfera com extrema violência, atraindo
rapidamente a espécie de vibração mental similar, ou, em outras palavras, espíritos
desencarnados que estão na mesma sintonia de vibração.
E, se estamos em estado de cólera,
adivinhe a espécie de espírito atraído.
Assim, podemos ter a seguinte certeza:
Se o descontrole, briga, discussão não começou por influência de espíritos, com
certeza continuará sendo influenciada por espíritos que foram atraídos pela
emissão de vibrações das pessoas envolvidas.
É isso que está dito de modo um pouco
mais difícil na seguinte lição de Andre Luiz:
“Correntes
Mentais Destrutivas – Os referidos estados de tensão (mente conturbada),
devidos a ‘núcleos de força na psicosfera pessoal’, procedem, quase sempre, à
feição das nuvens pacíficas repentinamente transformadas pelas cargas anormais
de ‘elétrons livres’ em máquinas indutoras, atraindo os campos elétricos com
que se fazem instrumentos da tempestade”.
E a explicação de André Luiz continua
para não deixar dúvidas:
“Acumulando
em si mesma as forças autogeradoras em processo de profundo desequilíbrio, a
alma exterioriza forças mentais desajustadas e destrutivas, pelas quais atraí as forças do mesmo
teor, caindo frequentemente em cegueira obsessiva”.
Assim, a pessoa em estado de
descontrole mental (ira, cólera, “perda da razão”), entrando em sintonia com os
espíritos afins, passa a absorver as vibrações também emitidas por estes
espíritos, agravando o descontrole em que se encontra.
Importante
entender: atraídos espíritos em sintonia com a
emissão de vibrações baixas, você não apenas absolve os fluídos emitidos por
este(s) espírito(s). Em regra, ou já está ou passará a estar numa espécie de
obsessão (estudaremos com mais detalhes). Assim, os atos passarão a ser ditados/sugeridos
por estes espíritos.
“Nessa
posição, emitem ondas mentais perturbadas, pelas quais se ajustam a
Inteligências perturbadas do mesmo sentido, arrojando-se a lamentáveis estações
de aviltamento, em ocorrências deploráveis de obsessão”. (Mecanismos da
Mediunidade, p. 114).
E a palavra? Quando estamos em estado
de cólera, gritando e xingando a todos?
“A
palavra, qualquer que ela seja, surge invariavelmente dotada de energias
elétricas específicas, libertando raios de natureza dinâmica. A mente,
como não ignoramos, é incessante gerador de força, através dos fios positivos e
negativos do sentimento e do pensamento, produzindo o verbo que é sempre
uma descarga electromagnética, regulada pela voz” (Entre a Terra e
o Céu, p. 177).
Lembram-se como ficava a partícula de água quando exposta ao som de uma ameaça de morte?
Então, a partir de hoje, todos nós
sabemos o que acontece quando ficamos com raiva e descontrole emocional.
Sabemos também os grandes prejuízos que isso causa para a nossa harmonia mental
e, portanto, a partir de hoje, vamos evitar ficarmos neste estado de espírito,
ajudando na primeira das tarefas, tentemos “evitar
pensamentos não edificantes”.
III
– Diversas Curiosidades sobre o Mundo Espiritual (Continuação)
-
Espíritos Morrem?
Vamos pensar juntos, o que é a morte?
A morte é o fim?
Com a morte tudo acaba?
Ou a morte é uma mudança de dimensão?
Mesmo as religiões que não são
espíritas, que acreditam em inferno, purgatório e céu, não asseguram que existe
uma vida eterna e a alma da pessoa vai para estes lugares?
Então, a primeira coisa que precisamos
assimilar é isso: a morte é apenas uma mudança de dimensão.
O que “morre” é o corpo físico e tão
somente (no plano espiritual também temos um corpo). A alma que o habita
sobrevive a esta decomposição.
Lembram-se da mensagem de Andre Luiz?
“A
vida não cessa e é fonte eterna”.
“Uma
existência, um ato;
Um corpo, uma veste;
Uma
morte, um sopro renovador.”
Assimilando este conceito podemos
começar ampliar nossa consciência sobre as leis que regem o Universo.
Até aqui já aprendemos que o Mundo
Espiritual é composto de várias dimensões vibracionais, tão diferentes entre si
que existe até mesmo reuniões mediúnicas para que um espírito de uma dimensão
vibracional mais elevada possa manifestar-se em uma dimensão vibracional mais
inferior.
Aprendemos também que nosso
perispírito, em virtude de nosso estágio ainda inferior, é formado por uma
matéria fluídica para nós, encarnados, mas bastante grosseira para espíritos
evoluídos (questão 93 dos Livro dos Espíritos).
Assim, no decorrer dos séculos a
pessoa desencarnada, evoluindo espiritualmente, pode “morrer” em uma dimensão
vibracional para “renascer” em outra dimensão.
Vejamos esta passagem o livro
Libertação (fl. 105):
“André,
já ouviste falar numa ‘segunda morte’...
Sim(...),
tive notícias de amigos que perderam o veículo perispiritual, conquistando
planos mais altos”.
E mais a frente explica o mentor de
André Luiz (fl. 105):
“Sabes,
assim, que o vaso perispirítico é também transformável e perecível, embora estruturado em tipo de matéria mais
rarefeita.”
Quando ouvimos a pergunta, “Espíritos
morrem?”, no que pensamos? “Claro que não, o espírito é eterno”. Percebam a
confusão de conceitos, respondemos a pergunta com o aprendizado de que morte é
o fim, quando, como visto, é transformação.
Assim, temos que a morte é a perda do
corpo que veste temporariamente o espírito e tão somente isso.
Nesse sentido, a pessoa desencarnada,
que possui uma veste, o chamado perispírito, pode sofrer uma segunda, uma
terceira, uma quarta morte, pelo desgaste natural da matéria quintessenciada de
que ele é composto, tantas vezes quantas forem necessárias para acompanhar as
sucessivas mudanças de dimensão vibracional pelas quais ele passar.
Mais para frente, quando os estudos
estiverem mais aprofundados, iremos analisar a segunda morte pelo desgaste do
corpo espiritual (perispírito) quando a pessoa desencarnada é renitente no
caminho do mal, mas aqui, também, veremos que a regra é a mesma, ou seja, a
alma é eterna, sendo a morte apenas a mudança de traje. Por enquanto, fiquemos
apenas com a “segunda morte” como mudança para dimensões vibracionais mais
evoluídas.
-
Espíritos Casam? Namoram?
Depois de tudo que dissemos, já
podemos entender que a dimensão vibracional do plano espiritual que está
próxima de nós em muito se assemelha à vida terrena.
Podemos entender também que para nós o
plano espiritual é mais sutil, mas, para eles (pessoas desencarnadas), que
habitam a dimensão espiritual tudo é como aqui, material, concreto, nada
holográfico, menos ainda abstrato. O que para nós é sutil, para eles é
concreto, real e físico.
Assim, as pessoas que habitam o Mundo
Espiritual, trabalham, se alimentam e até mesmo morrem, quando necessário, mudando
novamente de dimensão. E vimos que mantém uma vida social, incluindo até mesmo
concertos musicais e outros entretenimentos, sendo natural desenvolver afinidades,
mormente se já são espíritos que trazem um sentimento da vida encarnada, que se
devotem sentimentos de amor, carinho, ternura.
E por que, por acaso, não poderiam namorar
e casar?
O espírito, assim entendido o ser em
si, de forma geral, desvestido de roupagem perispirítica, não possui sexo
determinado. Porém, é comum um mesmo
espírito passar dezenas de reencarnações seguidas como homem ou como mulher,
conforme sua necessidade de evolução. Nesse sentido, quando na erraticidade
espiritual, ou seja, quando na dimensão vibracional do plano espiritual,
continuam com as mesmas características da vida terrena, mantendo-se homem ou
mulher, conforme suas últimas reencarnações (porque é assim que se vêem).
Assim, é possível e acontece de
espíritos afins, quando na dimensão vibracional conhecida como Mundo
Espiritual, casarem e programarem novos planos juntos.
O livro “E a Vida Continua...” traz
linda história de amor e narra o casamento entre os personagens principais no
plano espiritual.
-
Porque alguns espíritos vão para o umbral e outros ficam na Crosta da Terra
entre os encarnados?
A dúvida que surge é a seguinte: Nós
estudamos e aprendemos que existe a dimensão vibracional conhecida como Umbral.
Vimos que é natural quando desencarnamos irmos para esta dimensão em razão da
afinidade vibracional. Aprendemos que neste lugar existem hospitais, postos de
socorro e colônias espirituais. Pois bem, o que faz uma pessoa desencarnada
ficar na Crosta da Terra e não no Umbral? Qual a diferença?
Vamos lá.
Primeiro, como visto, a dimensão
vibracional densa conhecida como Umbral inicia-se na Crosta Terrestre e vai até
alguns quilômetros na atmosfera da Terra.
Como em todos os casos, o que vai
determinar o local em que o espírito vai ficar é a sua afinidade vibracional.
Em regra, os espíritos mais
acomodados, acostumados com os vícios materiais como bebidas, cigarros, comida
em excesso, sexo pornográfico, etc, continuam entre os encarnamos para ficar
vampirizando os fluídos emitidos (depois veremos o que é o vampirismo).
De outro lado, aqueles espíritos que
estão consumidos pelo remorso e pela culpa, ou simplesmente inconscientes, são
atraídos para as regiões umbralinas respectivas – dada a afinidade vibracional.
Como, por exemplo, o vale dos suicidas.
Por fim, aqueles que nutrem extremo
ódio e raiva em seu interior, são rapidamente localizados pelos espíritos
trevosos, que alimentam este sentimento e faz pactos para ajudá-los em vinganças,
desde que os ajudem em retribuição, comprometendo a pessoa por muito tempo.
Voltamos, assim, ao que estudamos nas
outras semanas, não importa para onde vamos, mas sim como vamos.
Quem fez o bem, já possui uma vibração
mental diferenciada e, ainda, receberá assistência dos amigos espirituais, indo
para locais de socorro, estão fora do que foi citado aqui.
Quem fez o mal ou simplesmente foi
omisso sua vida inteira (uma espécie de fazer o mal) pode ficar entre
encarnados, vagando nas dimensões umbralinas mais densas ou ainda se associarem
a espíritos trevosos.
Futuramente vamos estudar um pouco
mais isso.
IV
– Exercícios para a semana
Vamos encerrar os estudos de hoje
propondo manter os três exercícios da semana passada e acrescentar mais um
derivado do primeiro.
Iremos manter: a) evitar pensamentos
não edificantes durante o dia a dia, o que inclui não “perder a razão” (estado
de cólera); b) emitir bons pensamentos quando cruzamos com pessoas na rua
(principalmente as claramente necessitadas); c) meditar cinco minutos ao menos
três vezes na semana.
O exercício que vamos acrescentar também
deriva do primeiro “evitar pensamentos não edificantes”.
Será o seguinte: aprender a forma correta de se ficar indignado.
A indignação pode ser uma legítima forma de se expressar.
André Luiz explica no Livro Entre a Terra e o Céu (fls. 170/180): “A indignação é necessária para marcar a nossa repulsa contra atos deliberados de rebelião ante as leis do Senhor”.
Porém, é necessário tomar cuidado ao
se indignar.
Primeiro, não devemos ficar indignados por qualquer motivo, por qualquer bagatela.
Segundo, indignar-se não pode ser uma
desculpa para “perdemos a razão”. Lembram-se do início destes estudos, o que
acontece e os prejuízos quando ficamos no estado de cólera? Pois bem, não
podemos ficar indignados com algum fato e “perder a razão”, ficar no estado de
cólera, ira, raiva, violência, etc.
Vejamos mais estas lições contidas no
livro “Entre a Terra e o Céu” (fls. 170/180):
“Assim como a administração da energia elétrica reclama atenção para a voltagem, precisamos vigiar a nossa indignação principalmente quando seja imperioso vertê-la através da palavra, carregando a nossa voz tão-somente com a força suscetível de ser aproveitada por aqueles a quem endereçamos a carga de sentimentos”.
“é
indispensável modular a expressão da frase, como se gradua a emissão elétrica!”.
“Nunca
deve arrojar-se à violência e jamais deve-se perder a dignidade de que fomos
investidos”.
“Precisamos,
assim, de muita cautela com a palavra, nos momentos de tensão
alta do nosso mundo emotivo, a fim de que a nossa voz não se torne gritos
selvagens ou considerações cruéis que não passam de choques mortíferos
que infligimos aos outros, semeando espinheiros de antipatia e revolta que nos prejudicarão
a própria tarefa”.
Dessa forma, temos que indignar-se é
legítimo e pode ocorrer sim em nosso dia a dia. Porém, devemos aprender a
indignarmo-nos mantendo o padrão vibratório alto, apenas falando o necessário e
sem agredir ninguém. A partir de hoje, vamos tentar aplicar isso em nosso dia a
dia, aumentando nosso nível de êxito ao cumprir a primeira tarefa “afastar
qualquer pensamento não edificante”.
Vamos encerrar com esta linda mensagem de Emmanuel
http://www.youtube.com/watch?v=BRfb8AysFHY
Adorei...
ResponderExcluirmuito esclarecedor e motivador...
parabéns pela iniciativa...
muita paz, luz e sabedoria em seu coração.
Que bom que gostou Diva!
ExcluirAjude a divulgar e vai acompanhando comentando e dando suas opiniões!
Vamos estudando juntos!
Abraços,
Breno.