Muitos se perguntam o que nós estamos
fazendo aqui, na Terra. Porque nascemos?
Todos querem saber qual o sentido de
viver, morrer e, para alguns, renascer reiteradamente, para outros dormir até o dia do Juízo
Final e, então, ressuscitar com este mesmo corpo e ter a sua sorte eterna
definida; para outros ainda, ou se fica num limbo (purgatório) à espera de
definição, que vem no momento próprio e, então, a sua sorte eterna fica
resolvida.
Alguns afirmam que se trata de um
plano de Deus; outros que somos apenas resultado da matéria que existe, nada
além do acaso.
A grande maioria busca respostas na
religião, tentando entender o que é Deus e qual o sentido da vida.
Poucos sabem qual o sentido verdadeiro da vida.
Infelizmente, algumas respostas
permanecem sem explicação. Como, por exemplo: O que é Deus propriamente dito?
Como surgiu? Quem o criou? Se ninguém o criou, como pode existir?
Neste aspecto, devemos reconhecer que
é impossível responder a estas perguntas.
Os próprios espíritos evoluídos
respondem que não possuímos a capacidade de entender tamanha complexidade.
Isso porque, possuímos um
desenvolvimento intelectual um pouco limitado, a ponto de negarmos até mesmo a
existência de coisas óbvias (muitos duvidam da existência de espíritos, por
exemplo); a Ciência não conseguiu desvendar o
mistério da vida e grandes fenômenos cósmicos desafiam explicações.
No início da história ocidental
negavam que a Terra era redonda... Outros afirmavam que a Terra era o centro do
Universo, fatos que hoje consideramos absurdos. Com certeza, daqui alguns anos
será este o sentimento daquele que nega a existência de algo mais, além da
matéria visível.
O fato é que Deus é sentido por todos
os povos, independentemente de origem e educação, trata-se de um sentimento
inato ao ser humano, mundial. Dizem que até mesmo o ateu, quando o avião sofre
forte turbulência, começa a gritar “meu deus, me ajude”.
Então, quanto a isso, vamos aceitar
que Ele existe, mas que não podemos compreender ainda sua grandeza, da mesma
forma que um animal doméstico sabe que você existe, mas não sabe qual a sua
profissão, o que você faz fora de casa, o que é família e todas as
complexidades de uma vida humana.
Afinal, o acaso não tem inteligência e
tudo o que se vê no Universo denota concatenação, uniformidade, direção e
finalidade, coisas incompatíveis com a inexistência de uma suprema inteligência
a engendrar todos os fenômenos observados.
Mas, é possível entender porque
estamos aqui, ou seja, hoje é
possível compreender o sentido da vida.
E é isso que vamos tratar:
Conforme ensinamentos de André Luiz
pelo médium Chico Xavier, o chamado Mundo Espiritual nada mais é do que o mesmo mundo mas em outras
dimensão vibracional.
As obras básicas de Allan Kardec sobre
o Espiritismo utilizam o termo “Mundo Espiritual” para designar tudo aquilo que
não está em nossa dimensão vibracional (em nosso plano de existência).
Além deste plano de existência em que
vivemos, existem infinitas dimensões paralelas, em infinitas composições
materiais.
O chamado “Mundo Espiritual” não é
holográfico ou fluídico, mas sim material, não obstante ser constituído de matéria em
outra composição vibracional.
A existência de Espíritos é
irrefutável na medida em que o chamado “espírito” é simplesmente você em outra
dimensão. Tanto que todas as religiões acreditam que algo sobrevive após a
morte física, este algo é você em outra dimensão.
Nós, por estarmos ainda na infância do
amadurecimento intelectual, vemos tudo isso com misticismo (da mesma forma que um índio vê com misticismo uma tecnologia qualquer). Porém, o "mundo espiritual", o céu, enfim, seja o nome que queira dar, não são mais
do que dimensões vibracionais paralelas, fato científico e não místico.
O chamado “médium” nada mais é do que
uma pessoa que possui a aptidão desenvolvida para se comunicar com outras
dimensões.
O espírito é criado por Deus (de forma
desconhecida por nós) para evoluir ao longo das diversas reencarnações
alcançando a perfeição moral e intelectual.
Conforme narrado por André Luiz em sua
coleção “A Vida no Mundo Espiritual”, os espíritos (nós em outra dimensão)
também trabalham, casam, namoram, sonham, dormem, possuem casa, salário, vida
social e até mesmo fazem reuniões mediúnicas para se comunicar com outras
dimensões vibracionais.
Assim, o chamado “Mundo Espiritual”
não é tão espiritual como imaginávamos, pois em realidade é constituído de material em
outra expressão dimensional.
Em verdade, seguindo os ensinamentos do Livro dos Espíritos, existe a trindade universal, qual seja: Deus, Espíritos e Matéria (instrumento).
Em verdade, seguindo os ensinamentos do Livro dos Espíritos, existe a trindade universal, qual seja: Deus, Espíritos e Matéria (instrumento).
Nesse sentido, tudo o que não é Deus (que cria) e
não é Espírito (que pensa), necessariamente é Matéria (instrumento).
Em consequência, os demais planos de
existência também são compostos por matéria, em infinitas composições
vibracionais. Para nós, esta matéria possui aspecto sutil, mas para quem vive
naquele plano de existência tem aspecto concreto, nada holográfico.
Mas, afinal, qual o sentido da vida?
Pois bem, esta dimensão que habitamos
é composta por matéria em estado muito grosseiro (denso).
O Livro dos Espíritos ensina que o
chamado “Mundo Espiritual” é o principal, sendo o nosso pálido reflexo.
O Livro dos Espíritos ensina que o
chamado “Mundo Espiritual” é o principal, sendo o nosso pálido reflexo dele.
Vale dizer: as nossas realidades existenciais têm origem e reflexo da chamada
“vida espiritual”, mas tão vida concreta e material quanto a nossa atual.
E porque ingressamos reiterada vezes
nesta dimensão vibracional mais grosseira? Porque os espíritas afirmam que a
reencarnação é uma escola?
Porque realmente é uma escola e é este o principal motivo da reencarnação (do nascimento, da vida):
aprender a interagir com a matéria, evoluindo moral e intelectualmente.
Apesar de infinitas dimensões vibracionais, podemos, didaticamente, dividi-las em
dois grandes grupos:
1º - O Nosso plano de existência (e
similares), formado por matéria densa, pouco suscetível a influência das
vibrações mentais emitidas por todos nós. Nós a moldamos segundo nossas ideias, mas para
isso é preciso instrumentos outros que não apenas a força do nosso pensamento;
2º - O plano de existência chamado de
“Mundo Espiritual” (e similares, infinitos), no qual a matéria está em composições
vibracionais sutis e suscetíveis a influência das vibrações mentais.
Nós, seres vivos, emitimos vibrações
mentais constantes e de forma ininterrupta.
Todo e qualquer pensamento emite
vibrações mentais, boas ou ruins, conforme a sua natureza boa ou ruim.
Assim, na infância de nosso
desenvolvimento mental ingressamos em matéria mais densa, menos suscetível a
alterações e, aos poucos, vamos aprendendo a interagir com ela, a manipulá-la
segundo nossos desígnios.
Com efeito, vamos evoluindo, deixando
nosso natural estado selvagem, onde predomina o instinto, ingressando para uma
vida mais racional e intelectual, conquanto abrigando paixões e viciações na
sôfrega busca de bem estar.
As paixões e vícios dão lugar ao
raciocínio e desenvolvimento da inteligência.
Ser bom não é uma necessidade
religiosa, mas sim de desenvolvimento intelectual, por que somente com o
pensamento apurado podemos interagir positivamente com a matéria em outras
sintonias vibracionais.
Ocorre que ao longo das reencarnações,
em razão de nossa infância intelectual/moral e falta de sabedoria ao interagir
com a matéria, sucumbimos às tentações, aos vícios, às paixões, dando causa a efeitos que
precisam ser quitados (o chamado “carma”), lei de causa e efeito.
Isso tudo é a natural decorrência do
nosso aprendizado ao interagir com a matéria.
Nós precisamos educar nossa mente na
forma correta de atuar junto com a matéria (por meio das vibrações mentais),
deixando para trás instintos e paixões grosseiras, disciplinando nossa mente.
E a forma deste aprendizado é apenas
uma: “fazer”.
Fazendo, errando, refazendo, vamos
aprendendo e evoluindo.
A matéria também se transforma? Com
certeza, a matéria em todos os planos de existência está em constante
transformação, tanto que nosso próprio organismo se transforma ao longo dos
séculos, basta pensar como era o ser humano há 10 mil anos atrás e como é
agora.
Em conjunto com a transformação da
matéria, nossa mente evolui, conseguindo moldar melhor o corpo físico que
usamos aqui neste plano de existência (hoje sua mente já melhorou o corpo
físico moldado, compare com há 5 mil anos atrás).
Com estas explicações, podemos
entender, sem mistificações, que o sentido
da vida é evoluir intelectual e moralmente, com a finalidade de interagir
corretamente com a matéria que forma todos os planos de existência.
Quanto maior nossa evolução moral e
intelectual, melhor será o desenvolvimento de nossa mente e, consequentemente,
de nosso espírito, de nosso ser, enfim, o “eu”.
Lembremos da frase: “Não somos seres
humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma
experiência humana” (Teilhard de Chardin).
Esta frase não deve ser vista com
caráter religioso e sim científico: somos seres viventes que ingressamos nesta
matéria mais densa para evoluir moral e intelectualmente, conseguindo um desenvolvimento mental que nos deixará aptos a
interagir com matéria em seu estado mais sutil. Assim, a vida aqui não
é a principal, mas sim a vida nos outros planos de existência, dotados de
matéria mais sutil.
A vida aqui é apenas uma escola.
Evoluindo neste plano de existência,
formado por matéria densa, educamos nossa mente a melhor interagir com a
matéria nos demais planos de existência com composição mais sutil e sujeita a
influência imediata das vibrações mentais.
Então, vamos nos esforçar para
conseguir mudar hábitos, deixando velhos vícios e aproveitando esta vida neste
plano de existência para evoluir o máximo intelectual e moralmente.
Assim, quando estivermos na outra
dimensão vibracional estaremos mais aptos a interagir com a matéria em seu
estado mais sutil. Além de não darmos causa a fatos que darão origem a efeitos
não desejados (carma). Lembrem-se o plantio é facultativo, mas a colheita é
obrigatória.
Autor: Breno Ortiz Tavares Costa.
Revisão de conteúdo: Emanoel Tavares Costa.
Autor: Breno Ortiz Tavares Costa.
Revisão de conteúdo: Emanoel Tavares Costa.