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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Qual o sentido da vida?



Muitos se perguntam o que nós estamos fazendo aqui, na Terra. Porque nascemos?

Todos querem saber qual o sentido de viver, morrer e, para alguns, renascer reiteradamente, para outros dormir até o dia do Juízo Final e, então, ressuscitar com este mesmo corpo e ter a sua sorte eterna definida; para outros ainda, ou se fica num limbo (purgatório) à espera de definição, que vem no momento próprio e, então, a sua sorte eterna fica resolvida.

Alguns afirmam que se trata de um plano de Deus; outros que somos apenas resultado da matéria que existe, nada além do acaso.

A grande maioria busca respostas na religião, tentando entender o que é Deus e qual o sentido da vida.

Poucos sabem qual o sentido verdadeiro da vida.

Infelizmente, algumas respostas permanecem sem explicação. Como, por exemplo: O que é Deus propriamente dito? Como surgiu? Quem o criou? Se ninguém o criou, como pode existir?

Neste aspecto, devemos reconhecer que é impossível responder a estas perguntas.

Os próprios espíritos evoluídos respondem que não possuímos a capacidade de entender tamanha complexidade.

Isso porque, possuímos um desenvolvimento intelectual um pouco limitado, a ponto de negarmos até mesmo a existência de coisas óbvias (muitos duvidam da existência de espíritos, por exemplo); a Ciência não conseguiu desvendar o mistério da vida e grandes fenômenos cósmicos desafiam explicações.

No início da história ocidental negavam que a Terra era redonda... Outros afirmavam que a Terra era o centro do Universo, fatos que hoje consideramos absurdos. Com certeza, daqui alguns anos será este o sentimento daquele que nega a existência de algo mais, além da matéria visível.

O fato é que Deus é sentido por todos os povos, independentemente de origem e educação, trata-se de um sentimento inato ao ser humano, mundial. Dizem que até mesmo o ateu, quando o avião sofre forte turbulência, começa a gritar “meu deus, me ajude”.

Então, quanto a isso, vamos aceitar que Ele existe, mas que não podemos compreender ainda sua grandeza, da mesma forma que um animal doméstico sabe que você existe, mas não sabe qual a sua profissão, o que você faz fora de casa, o que é família e todas as complexidades de uma vida humana.


Afinal, o acaso não tem inteligência e tudo o que se vê no Universo denota concatenação, uniformidade, direção e finalidade, coisas incompatíveis com a inexistência de uma suprema inteligência a engendrar todos os fenômenos observados.

Mas, é possível entender porque estamos aqui, ou seja, hoje é possível compreender o sentido da vida.

E é isso que vamos tratar:

Conforme ensinamentos de André Luiz pelo médium Chico Xavier, o chamado Mundo Espiritual nada mais é do que o mesmo mundo mas em outras dimensão vibracional.

As obras básicas de Allan Kardec sobre o Espiritismo utilizam o termo “Mundo Espiritual” para designar tudo aquilo que não está em nossa dimensão vibracional (em nosso plano de existência).

Além deste plano de existência em que vivemos, existem infinitas dimensões paralelas, em infinitas composições materiais.

O chamado “Mundo Espiritual” não é holográfico ou fluídico, mas sim material, não obstante ser constituído de matéria em outra composição vibracional.

A existência de Espíritos é irrefutável na medida em que o chamado “espírito” é simplesmente você em outra dimensão. Tanto que todas as religiões acreditam que algo sobrevive após a morte física, este algo é você em outra dimensão.

Nós, por estarmos ainda na infância do amadurecimento intelectual, vemos tudo isso com misticismo (da mesma forma que um índio vê com misticismo uma tecnologia qualquer). Porém, o "mundo espiritual", o céu, enfim, seja o nome que queira dar, não são mais do que dimensões vibracionais paralelas, fato científico e não místico.

O chamado “médium” nada mais é do que uma pessoa que possui a aptidão desenvolvida para se comunicar com outras dimensões.

O espírito é criado por Deus (de forma desconhecida por nós) para evoluir ao longo das diversas reencarnações alcançando a perfeição moral e intelectual.

Conforme narrado por André Luiz em sua coleção “A Vida no Mundo Espiritual”, os espíritos (nós em outra dimensão) também trabalham, casam, namoram, sonham, dormem, possuem casa, salário, vida social e até mesmo fazem reuniões mediúnicas para se comunicar com outras dimensões vibracionais.

Assim, o chamado “Mundo Espiritual” não é tão espiritual como imaginávamos, pois em realidade é constituído de material em outra expressão dimensional

Em verdade, seguindo os ensinamentos do Livro dos Espíritos, existe a trindade universal, qual seja: Deus, Espíritos e Matéria (instrumento).

Nesse sentido, tudo o que não é Deus  (que cria) e não é Espírito (que pensa), necessariamente é Matéria (instrumento).

Em consequência, os demais planos de existência também são compostos por matéria, em infinitas composições vibracionais. Para nós, esta matéria possui aspecto sutil, mas para quem vive naquele plano de existência tem aspecto concreto, nada holográfico.

Mas, afinal, qual o sentido da vida?

Pois bem, esta dimensão que habitamos é composta por matéria em estado muito grosseiro (denso).

O Livro dos Espíritos ensina que o chamado “Mundo Espiritual” é o principal, sendo o nosso pálido reflexo.


O Livro dos Espíritos ensina que o chamado “Mundo Espiritual” é o principal, sendo o nosso pálido reflexo dele. Vale dizer: as nossas realidades existenciais têm origem e reflexo da chamada “vida espiritual”, mas tão vida concreta e material quanto a nossa atual.

E porque ingressamos reiterada vezes nesta dimensão vibracional mais grosseira? Porque os espíritas afirmam que a reencarnação é uma escola?

Porque realmente é uma escola e é este o principal motivo da reencarnação (do nascimento, da vida): aprender a interagir com a matéria, evoluindo moral e intelectualmente.

Apesar de infinitas dimensões vibracionais, podemos, didaticamente, dividi-las em dois grandes grupos:

1º - O Nosso plano de existência (e similares), formado por matéria densa, pouco suscetível a influência das vibrações mentais emitidas por todos nós. Nós a moldamos segundo nossas ideias, mas para isso é preciso instrumentos outros que não apenas a força do nosso pensamento;

2º - O plano de existência chamado de “Mundo Espiritual” (e similares, infinitos), no qual a matéria está em composições vibracionais sutis e suscetíveis a influência das vibrações mentais.

Nós, seres vivos, emitimos vibrações mentais constantes e de forma ininterrupta.


Todo e qualquer pensamento emite vibrações mentais, boas ou ruins, conforme a sua natureza boa ou ruim.


Assim, na infância de nosso desenvolvimento mental ingressamos em matéria mais densa, menos suscetível a alterações e, aos poucos, vamos aprendendo a interagir com ela, a manipulá-la segundo nossos desígnios.


Com efeito, vamos evoluindo, deixando nosso natural estado selvagem, onde predomina o instinto, ingressando para uma vida mais racional e intelectual, conquanto abrigando paixões e viciações na sôfrega busca de bem estar.

As paixões e vícios dão lugar ao raciocínio e desenvolvimento da inteligência.

Ser bom não é uma necessidade religiosa, mas sim de desenvolvimento intelectual, por que somente com o pensamento apurado podemos interagir positivamente com a matéria em outras sintonias vibracionais.

Ocorre que ao longo das reencarnações, em razão de nossa infância intelectual/moral e falta de sabedoria ao interagir com a matéria, sucumbimos às tentações, aos vícios, às paixões, dando causa a efeitos que precisam ser quitados (o chamado “carma”), lei de causa e efeito.

Isso tudo é a natural decorrência do nosso aprendizado ao interagir com a matéria.

Nós precisamos educar nossa mente na forma correta de atuar junto com a matéria (por meio das vibrações mentais), deixando para trás instintos e paixões grosseiras, disciplinando nossa mente.

E a forma deste aprendizado é apenas uma: “fazer”.

Fazendo, errando, refazendo, vamos aprendendo e evoluindo.

A matéria também se transforma? Com certeza, a matéria em todos os planos de existência está em constante transformação, tanto que nosso próprio organismo se transforma ao longo dos séculos, basta pensar como era o ser humano há 10 mil anos atrás e como é agora.

Em conjunto com a transformação da matéria, nossa mente evolui, conseguindo moldar melhor o corpo físico que usamos aqui neste plano de existência (hoje sua mente já melhorou o corpo físico moldado, compare com há 5 mil anos atrás).

Com estas explicações, podemos entender, sem mistificações, que o sentido da vida é evoluir intelectual e moralmente, com a finalidade de interagir corretamente com a matéria que forma todos os planos de existência.

Quanto maior nossa evolução moral e intelectual, melhor será o desenvolvimento de nossa mente e, consequentemente, de nosso espírito, de nosso ser, enfim, o “eu”.

Lembremos da frase: “Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana” (Teilhard de Chardin).

Esta frase não deve ser vista com caráter religioso e sim científico: somos seres viventes que ingressamos nesta matéria mais densa para evoluir moral e intelectualmente, conseguindo um desenvolvimento mental que nos deixará aptos a interagir com matéria em seu estado mais sutil. Assim, a vida aqui não é a principal, mas sim a vida nos outros planos de existência, dotados de matéria mais sutil.

A vida aqui é apenas uma escola.

Evoluindo neste plano de existência, formado por matéria densa, educamos nossa mente a melhor interagir com a matéria nos demais planos de existência com composição mais sutil e sujeita a influência imediata das vibrações mentais.

Então, vamos nos esforçar para conseguir mudar hábitos, deixando velhos vícios e aproveitando esta vida neste plano de existência para evoluir o máximo intelectual e moralmente.

Assim, quando estivermos na outra dimensão vibracional estaremos mais aptos a interagir com a matéria em seu estado mais sutil. Além de não darmos causa a fatos que darão origem a efeitos não desejados (carma). Lembrem-se o plantio é facultativo, mas a colheita é obrigatória.

Autor: Breno Ortiz Tavares Costa.

Revisão de conteúdo: Emanoel Tavares Costa.

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