I
– Revisão
Até agora já entendemos que o plano de
existência chamado de Mundo Espiritual possui diversas camadas vibratórias.
Vimos que a diferença entre estas
camadas vibratórias é tão grande que existe até mesmo reunião mediúnica entre
elas.
Estudamos que as pessoas que habitam
este plano de existência também comem, dormem, sonham, trabalham, namoram,
casam e até mesmo podem sofrer uma segunda morte do corpo físico trajado
(perispírito), mudando novamente de dimensão vibratória.
Analisamos que a dimensão vibratória
em contato direto com nosso plano de existência é ainda muito densa,
iniciando-se na Crosta da Terra e indo até alguns quilômetros na atmosfera.
Observamos que esta dimensão vibratória
próxima de nós contém pessoas desencarnadas habitando a Crosta Terrestre, as
regiões umbralinas e as colônias de transição.
Com esse conhecimento já podemos
entender um pouco como funciona o nosso atual ciclo de evolução espiritual.
II
– Ciclo de Evolução Espiritual
Vamos analisar estes trechos extraídos
do livro “Evolução em Dois Mundos” (fls. 227/229):
“No plano espiritual imediato à
experiência física, as sociedades humanas desencarnadas, em quase dois terços, permanecem
naturalmente jungidas, de alguma sorte, aos interesses terrenos”.
“Egressas do próprio mundo em que se
lhes tramam os elos da retarguarda, (...), trabalham com ardor, não só pelo
próprio adiantamento, como também no auxílio aos que ficaram”.
“Naturalmente as almas que constituem
a percentagem a que nos referimos, distanciadas ainda do aprimoramento ideal,
procuram aperfeiçoar em si mesmas as qualidades nobres menos desenvolvidas,
buscando clima adequado que lhes favoreça o trabalho”.
“Aglutinam-se em verdadeiras cidades e
vilarejos, com estilos variados, como acontece aos burgos terrestres,
característicos da metrópole ou do campo, edificando largos empreendimentos de
educação e progresso, em favor de si mesmas e em benefício dos outros”.
“As regiões purgativas ou simplesmente
infernais (Trevas, veremos o que é isso) são por elas amparadas, quanto
possível, organizando-se aí, sob seu patrocínio, extensa obra assistencial”.
“Com esses dois terços de criaturas
ainda ligadas, desse ou daquele modo, aos núcleos terrenos, encontramos um
terço de Espíritos relativamente enobrecidos que se transformam em condutores
da marcha ascensional dos companheiros, pelos méritos com que se fazem segura
instrumentação das esferas superiores”.
Vemos, portanto, que o natural, em
nosso estágio evolutivo, é desencarnar e adentrar na dimensão vibratória logo
após a nossa e nela permanecer, trabalhando, estudando, auxiliando os entes
queridos que ficaram na dimensão terrena e programando novas encarnações a fim
de ajudar na evolução intelectual e moral.
Alguns, conforme a sua própria
evolução, conseguem ascender a esferas vibratórias mais sutis.
Mas, o natural para a grande maioria
das pessoas, é permanecer na faixa vibratória próxima dos encarnados, em
colônias (se assim possuir mérito), trabalhando, estudando, evoluindo e já
programando a próxima encarnação.
III
– Algumas questões a serem analisadas no momento
-
Existem espíritos em todos os lugares? Eles estão entre a gente?
Pela simples dedução de tudo que
estudamos até o momento, está claro que a resposta é positiva.
Existem várias dimensões vibracionais
sobrepostas em constante intercâmbio.
Questão 87 do Livro dos Espíritos: “Os
espíritos estão por toda a parte; os espaços infinitos são por eles povoados ao
infinito”.
Veremos que os planos de existências
existem por todo o globo, como camadas de uma cebola, iniciando-se desde o
núcleo do Planeta até o fim da atmosfera terrestre.
- Os
Espíritos podem nos fazer mal ou bem?
Conforme dito no Livro dos Espíritos,
os espíritos compõem uma das forças da natureza.
Afinal, como vimos, a mente de todos
os seres humanos (encarnados ou desencarnados) emitem vibrações que adentram na
atmosfera, dando origens a criações, como, por exemplo, as regiões umbralinas
densas.
Aprendemos que com a emissão de vibrações
mentais, nós determinamos nosso padrão vibratório e entramos em sintonia com as
outras pessoas (encarnadas e desencarnadas) que emitem vibrações similares.
Pois bem, com a sintonia de vibrações
acabamos por atrair as pessoas que pensam assim como pensamos (igual).
Tal fato ocorre mesmo entre os
encarnados; afinal, as amizades são feitas entre pessoas que possuem afinidade,
não é mesmo?
Ocorre que, por óbvio, os espíritos-guias,
os amparados, aqueles que estão entre nós para trabalhar e ajudar, possuem uma
vibração mental diferenciada.
Quando mantemos nossa mente com esta
espécie de vibração mental, recebemos sua influência benéfica por orientações,
intuições, conselhos, etc.
Porém, o inverso é verdadeiro.
Vale dizer, os espíritos que estão entre
os encarnados por motivos inferiores (vícios, vinganças, etc) possuem uma
vibração mental densa.
Da mesma forma, quando estamos em
vibração mental inferior, recebemos sua indução maléfica.
Vejamos este trecho de “Os
Mensageiros” (fl. 179):
“Identificava,
agora, a presença de muitos desencarnados de ordem inferior, seguindo os passos
de transeuntes vários, ou colados a
eles, em abraço singular. Muitos dependuravam-se a veículos,
contemplavam-nos outros, das sacadas distantes. Alguns, em grupos, vagavam
pelas ruas, formando verdadeiras nuvens escuras que houvessem baixado
repentinamente ao solo”.
Aqui começamos a ver aplicação prática
do estudo sobre a emissão de vibração pelo pensamento.
Aquele que mantém o pensamento em
questões grosseiras da vida, emite, incessantemente, vibrações na atmosfera,
atraindo espíritos que possuem sintonia com esta forma de pensar. Muitos destes
espíritos buscam justamente pessoas em afinidade para ficar vampirizando os
fluídos materiais que já não podem sentir sozinhos. A partir desta afinidade,
passam a acompanhar a pessoa em sintonia.
Uma pessoa em sintonia com um espírito
de classe inferior, por óbvio, não recebe boas orientações, bons conselhos, e é
aí que eles podem, efetivamente, influenciar negativamente nossa vida.
- O
que é Vampirismo?
A primeira face do chamado vampirismo
é justamente esta.
O espírito desencarnado, na busca
pelas sensações de ordem inferior, se afeiçoa a determina pessoa encarnada que
possui afinidade vibracional com ele e, a partir daí, passa a conviver com a
pessoa.
Durante este convívio, costuma
induzi-la a fazer suas vontades, principalmente no que é ligado ao vício.
Vamos ver esta passagem do livro
“Missionários da Luz” em que André Luiz, juntamente com seu mentor, analisa um
quadro de vampirismo (fl 53):
“Aqui, André, observa você o trabalho
simples da transmissão mental e não pode esquecer que o intercâmbio do
pensamento é movimento livre no Universo”.
“Temos, sob nossos olhos, uma velha
irmã e seu filho maior completamente ambientados na exploração inferior de
amigos desencarnados, presas de ignorância e enfermidade, estabelecendo perfeito comércio de vibrações inferiores”.
“Falam
sob a determinação direta dos vampiros infelizes, transformados em
hóspedes efetivos do continente de suas possibilidades físico-psíquicas”.
Por enquanto vamos ficar com esta
introdução sobre o que é vampirismo, futuramente vamos analisá-lo a fundo,
porque múltiplas são as consequências para o corpo espiritual da vítima.
-
O que é obsessão?
A obsessão, diferentemente do
vampirismo, surge quando a pessoa desencarnada busca alguma espécie de
vingança.
Vejamos esta passagem do livro
“Evolução em Dois Mundos” (fl. 145):
“As vítimas de homicídio, violência,
brutalidade manifesta ou perseguição disfarçada, fora do vaso físico, entram na
faixa mental dos ofensores, conhecendo-lhes a enormidade das faltas ocultas, e,
em vez do perdão, com que se exonerariam da cadeia de trevas, empenham-se em
viditas atrozes, retribuindo golpe a golpe e mal por mal”.
Vemos, portanto que, didaticamente,
podemos separar o vampirismo da obsessão, sendo o primeiro a busca por
sensações inferiores e a segunda (obsessão) o objetivo deliberado de atacar e
prejudicar a pessoa encarnada em razão de algum motivo pretérito. Na prática,
entretanto, o vampirismo é usado como uma das formas de obsessão, como veremos
mais adiante.
Importante entender: se o espírito
(que é uma pessoa em outro plano de existência) abdicou de viver com seus
amigos e familiares para lhe seguir e prejudicar diariamente é porque, por
óbvio, você cometeu alguma falta grave. Assim, veremos que não basta rogar aos
espíritos amigos que afastem o obsessor, é importantíssimo a reconciliação, com
o perdão mútuo das faltas.
Também futuramente vamos estudar mais
a fundo diversos quadros de obsessão.
-
O que é intercessão?
Para mim é um dos maiores argumentos
para defender-se a reencarnação e toda a filosofia espírita.
A intercessão ocorre quando um amigo
ou familiar socorre alguém que está nos planos de existência inferiores (Trevas
e regiões umbralinas densas).
E por que ela prova a reencarnação e
não o paraíso ou inferno eternos?
Basta pensarmos, qual seria o paraíso
para uma mãe sabendo que seu filho passará a eternidade no inferno? Ou uma
esposa sabendo que seu marido habitará regiões infernais para o resto da
eternidade? Não importa o que façam, não importa que se arrependam, não importa
se querem ficar juntos, ficarão a eternidade toda separada.
Assim, a intercessão é uma prova do
amor de Deus, conforme dito pela mãe de André Luiz:
“Os espíritos que amam,
verdadeiramente, não se limitam a estender as mãos de longe. De que nos valeria
toda a riqueza material, se não pudéssemos estendê-la aos entes amados?
Poderíamos, acaso, residir num palácio relegando os filhinhos à intempérie?”
Trata-se de um socorro espiritual.
Este socorro pode ser por meio de um
resgate para levar a pessoa socorrida a planos melhores de existência (exemplo:
tirá-la das regiões umbralinas densas e levá-la para a colônia transitória
“Nosso Lar”) ou para encaminhar a pessoa socorrida para uma nova reencarnação.
Analisemos o caso da mãe de André Luiz
que programou reencarnação para socorrer o marido que estava nos planos de
existência inferiores subjulgado por três mulheres.
“Serão minhas filhas daqui a alguns
anos. É preciso não esqueceres que irei ao mundo em auxílio de teu pai. Ninguém
ajuda eficientemente, intensificando as forças contrárias, como não se pode
apagar na Terra um incêndio com petróleo. É indispensável amar André! (...).
Teu pai é hoje um céptico e essas pobres irmãs suportam pesados fardos na lama
da ignorância e da ilusão. Em futuro não distante, colocarei todos eles em meu
regaço materno, realizando minha nova experiência”. (Nosso Lar, fls. 307/308).
Futuramente vamos analisar muitos
quadros de intercessão.
IV – Exercícios para a semana
Como sempre, vamos manter os exercícios
das outras semanas, sempre na procura de adquirir novos hábitos que melhorem
nossa evolução moral e, consequentemente, nossa própria vida.
Iremos manter:
1 – Afastar todo e qualquer pensamento
não edificante durante o dia a dia;
1.1
– Evitar “perder a razão” (estado de
cólera, raiva);
1.2
– Indignar-se com serenidade e
razoabilidade.
2
– Sempre que passar por alguém emitir
bons pensamentos (principalmente as claramente necessitadas);
3
– meditar cinco minutos por dia, ao
menos três vezes na semana, preferencialmente antes de orar, preferencialmente
antes de dormir.
O exercício que vamos acrescentar
deriva do primeiro “emitir bons pensamentos”.
Mas agora vamos concretizar esta forma
de pensar.
Será: sempre que possível, fazer
pequenas gentilezas ao próximo.
Normalmente nós nos preocupamos apenas
com a caridade material ao próximo, esquecendo-nos de que a caridade possui mil
faces.
A gentileza é uma espécie de caridade.
É ajudar alguém ao seu lado com pequenas coisas. Mas isso exercita nossa mente,
ajudando-nos a entender como é bom servir ao próximo, mesmo nas coisas
pequenas. Além da enorme alegria que isso causa a quem recebe a gentileza.
Gentileza no trânsito, gentileza em
casa, no trabalho, na rua, enfim, gentileza em todos os momentos.
Vejamos algumas frases:
“Servir é criar simpatia, fraternidade
e luz”, Emmanuel.
“Ante a Lei do Senhor, o ato de servir
é Luz em toda a parte. E essa lei pede em tudo: ‘ajuda agora alguém’.
Assim, quem nada faz, em nada se
detém.
Recorda que a preguiça é o retrato da
morte.
Toda a vida auxilia.
Auxilia também”.
André Luiz.
Vejam este vídeo sobre gentileza:
Gentileza é o ato de servir em
pequenas coisas de nosso dia a dia. Vamos por em prática!
Mensagem de encerramento:
Semana que vem: Trevas e início do livro "Os Mensageiros"
Breno,
ResponderExcluirMuito legal seu texto! Gostei Muito! Obrigada por dividir seus conhecimentos!
Abs,
Daniele Comin
Que bom que gostou Daniele!
ExcluirTenta ir nas palestras de terça-feiras, é às 20hs! Dura só uma horinha.... Estamos só no começo! Se não der para ir na palestra, vai seguindo por aqui! A ideia do blog é esta! :)
Abraços,
Breno.
Boa tarde Breno. Agradeço por compatilhar seus conhecimentos e estudos conosco. Estou acompanhando os tópicos aqui em Campinas-SP. Abraço.
ResponderExcluirFico feliz, logo o blog vira site!
ResponderExcluiragradeço por acompanhar e peço que ajude a divulgar!
abraços,
breno.