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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Trevas – Existe Mundo Espiritual? – Os Mensageiros



I – Revisão
Aprendemos que o chamado mundo espiritual possui diversas dimensões vibratórias, formando diversos planos de existência.

Vimos que a diferença entre estas camadas vibratórias é tão grande que existe até mesmo reunião mediúnica entre elas.

Entendemos que o natural ciclo de nossa evolução espiritual inclui desencarnar e ficar nas dimensões vibratórias próximas da nossa, estudando, trabalhando, convivendo com pessoas amigas e programando novas reencarnações na busca de resgatar antigas dívidas e evoluir moral e intelectualmente.

Lembramos que todos os lugares do planeta são habitados em diversas espécies de dimensões vibracionais.

Analisamos que os espíritos podem nos influenciar para o bem ou para o mal e que isso depende de nosso padrão vibratório. Quando estamos com pensamentos edificantes, possuímos uma vibração mental que nos coloca em sintonia com espíritos guias, protetores, nos auxiliando para o bem. De outro lado, quando estamos com pensamentos grosseiros entramos em sintonia com espíritos inferiores, que acabam nos influenciando para o mal.

Aprendemos que o chamado “Vampirismo” ocorre quando o a pessoa mantém padrão vibratório baixo, atraindo a presença de espíritos inferiores que querem sentir as sensações dos vícios que possuíam quando encarnados e, a partir de então, passam a acompanhá-la e influenciá-la para o mal e, principalmente, instigam a manutenção dos vícios que lhe são interessantes.


Vimos que a chamada “obsessão”, em regra, trata de casos em que o espírito desencarnado possui o objetivo deliberado de atacar e prejudicar a pessoa encarnada em razão de algum motivo pretérito (geralmente vingança).

Por fim, aprendemos o que seria a “Intercessão”. Trata-se de um socorro espiritual. Este socorro pode ser feito por meio de um resgate para levar a pessoa socorrida a planos melhores de existência (exemplo: tirá-la das regiões umbralinas densas e levá-la para prontos-socorros, hospitais, estações de tratamento e cidades, como “Nosso Lar”) ou para encaminhar a pessoa socorrida para uma nova reencarnação, como também para auxiliar a pessoa a sair de alguma dificuldade muito grande.

II - Existem Trevas?
Vejamos esta passagem do livro Nosso Lar (fls. 290/291):

“(...) Referia-se o Governador, quando nos dirigiu a palavra, aos círculos da Terra, do Umbral e das Trevas, mas, francamente, não tinha eu, até então, qualquer notícia deste último plano. Não seria região trevosa o próprio Umbral, onde vivera, por minha vez, em sombras densas, durante anos consecutivos?”

Nós já estudamos a faixa vibratória densa conhecida como Umbral.

Vimos que se trata de camada vibratória criada pela emissão de pensamentos dos encarnados e desencarnados em desequilíbrio e que possui a finalidade de expurgar os fluídos densos, alterando a faixa vibratória mental daqueles que desencarnaram e, durante a vida, estavam habituados a vibrações mentais pesadas.

Aprendemos que, didaticamente, os espíritos acostumados com sensações inferiores procuram ficar entre os encarnados e aqueles tomados de forte sentimento de remorso e culpa costumam ficar nas regiões umbralinas densas.

Por fim, analisamos que a faixa vibratória conhecida como umbral inicia-se na Crosta Terrestre e vai a alguns quilômetros acima na atmosfera.

Mas, o Planeta não é inteiramente habitado? E para baixo? Não existe nada embaixo da Crosta Terrestre?

Sim, são habitados.

Aos poucos vamos estudar e ver que não existem apenas seres imperfeitos que sofrem as consequências dessa imperfeição, mas que não são maus propriamente ditos (estes somos nós, ninguém aqui se considera como uma pessoa ruim, mas temos nossas imperfeições, certo?).

Veremos que existem sim, seres que escolheram caminhar no Mal. Muitos deles evoluídos intelectualmente, mas que não aceitam as leis divinas. Formam cidades e possuem complexa organização.

“A maioria dos verdugos da Humanidade constitui-se de homens eminentemente cultos, que desprezam a inspiração divina” (Nosso Lar, p. 293).

Lembram-se do primeiro dia? Como dizemos, já estamos na adolescência da consciência espiritual, está na hora de conhecermos o que é o Mal, o que ele faz. Porém, não precisamos saber os detalhes, isso fica para quem quiser realmente aprofundar no assunto (aqui vamos apenas retirar o véu espesso do desconhecimento, como o adolescente que aprende que um ladrão mata, rouba, mas não sabe os detalhes cruéis do crime).

Estes seres habitam as regiões umbralinas, a Crosta Terrestre e as Trevas.

Vamos estudar um pouco o que seriam as camadas vibratórias denominadas Trevas.

Lísias explica a André Luiz:

“Chamamos Trevas às regiões mais inferiores que conhecemos”.

E André Luiz pergunta (fls. 293/294):

“Poderá você dar-me uma ideia da localização dessa zona de Trevas? Se o Umbral está ligado à mente humana, onde ficará semelhante lugar de sofrimento e pavor?”

Lísias: “Há esferas de vida em toda parte, o vácuo sempre há de ser mera imagem literária. Em tudo há energias viventes e cada espécie de seres funciona em determinada zona da vida”.

E prossegue:

“Naturalmente, como aconteceu a nós outros, você situou como região de existência, além da morte do corpo, apenas os círculos a se iniciarem da superfície do globo para cima, esquecido do nível para baixo. A vida, contudo, palpita na profundezas dos mares e no âmago da Terra. Além disso, há princípios de gravitação para o espírito, como se dá com os corpos materiais.”

Assim, além da Crosta Terrestre, as regiões umbralinas, as colônias de transição e as esferas superiores, existem, também, planos de existência ainda mais densos que o umbral, denominado ora por “Trevas” ora por “Abismos”.

Veremos que nas Trevas existem cidades e organização rigorosa e coordenada para a prática do Mal.

Por enquanto, vamos ficar apenas na parte do estudo.

III – Existe um Mundo “Espiritual”?
Depois de tudo que estudamos até aqui, é possível perceber que o “Mundo Espiritual” não é tão espiritual assim. Lá eles trabalham, estudam, dormem, casam, namoram, fazem reuniões mediúnicas e até podem sofrer uma espécie de segunda morte.

Na verdade se trata de planos de existência em dimensões vibracionais diferentes.

Vejamos a questão 27 do Livro dos Espíritos:

“Haveria assim dois elementos gerais do Universo, a matéria e o Espírito?

Resposta: “Sim, e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas; essas três são o princípio de tudo o que existe, a trindade universal”.

Ou seja, tudo deriva destas três coisas.

O que não é espírito e não é Deus, consequentemente é Matéria.

Assim, vemos que não existe um Mundo Espiritual propriamente dito, fluídico, abstrato e holográfico, mas sim infinitos planos de existência, com a matéria em infinitas composições vibracionais, alguns planos mais densos que o nosso e outros mais sutis.

Mas, nestes planos, da mesma forma que ocorre aqui, temos a matéria como instrumento de evolução do espírito, ainda que em outras composições vibracionais, nos quais as pessoas habitam.

IV – Livro “Os Mensageiros”

O Livro “Os Mensageiros” é o segundo livro de André Luiz e traz relatos sobre como a Espiritualidade ajuda no desenvolvimento da consciência espiritual da Humanidade, além de narrar histórias que envolvem as duas dimensões (a nossa e o plano que chamamos de espiritual).
Com o natural desenvolvimento da consciência espiritual dos homens encarnados, o contato com a dimensão vibracional chamada de “plano espiritual” aumenta gradativamente.

Isso porque lá também aumenta o grau de consciência das pessoas desencarnadas e que passam a querer, cada vez mais, participar da vida terrena.

O mentor de André Luiz explica: “A mente humana abre-se, cada vez mais, para o contato com as expressões invisíveis, dentro das quais funciona e se movimenta”.

Ou seja, cada vez mais aumenta a aproximação psíquica entre encarnados e desencarnados que habitam a Crosta Terrestre e demais dimensões vibracionais do Planeta.

Ocorre que o homem, por estar ainda no início de um maior  desenvolvimento mental (moral e intelectual), pouco conhece a respeito de diversas leis que regem o próprio Planeta, ignorando a existência de forças da natureza, como as vibrações mentais dos encarnados e desencarnados.

Nesse sentido, o mentor de André Luiz adverte que: “A esmagadora percentagem de habitantes da terra não se preparou para os atuais acontecimentos evolutivos. E os mais angustiosos conflitos se verificam no sendal humano. A Ciência progride vertiginosamente no planeta, e, no entanto, à medida que se suprimem sofrimentos do corpo, multiplicam-se as aflições da alma”.

Assim, com a evolução natural do planeta temos a aproximação psíquica entre encarnados e desencarnados, sem que todos os encarnados estejam preparados para esta sintonia vibracional mais intensa.

Até porque, pela afinidade vibracional de nosso estágio evolutivo, os desencarnados que estão em sintonia com a maioria dos encarnados são aqueles que ou estão perdidos no caminho do mal propriamente dito (seres perversos) ou estão doentes mentalmente (vícios de todas as espécies, remorsos, culpas, desajustes emocionais profundos, etc).

Tal fato está claro na seguinte passagem “A Humanidade terrena aproxima-se, dia a dia, da esfera de vibrações dos invisíveis de condição inferior, que a rodeia em todos os sentidos”.

O mentor de André Luiz ressalta que, por óbvio, o desejo era de que todos os homens encarnados fossem influenciados apenas por espíritos superiores. Mas que é natural na atual escalada evolutiva, estar rodeados de espíritos imperfeitos e é impossível impedir sua influência. Até porque, conforme ensinado no Livro dos Espíritos, os Espíritos compõem uma das forças da natureza.

Além disso, estes espíritos inferiores que rodeiam os encarnados, somos nós mesmos em outra dimensão. Logo, com a evolução dos homens encarnados, há a natural evolução dos desencarnados (nós depois da morte).

Por esta razão, a espiritualidade superior prepara médiuns e doutrinadores para, quando reencarnados, ajudarem na divulgação e propagação da consciência espiritual.

No início do livro “Os Mensageiros”, André Luiz começa a trabalhar no Ministério da Comunicação, responsável pela formação dos médiuns e doutrinadores que vão encarnar e também para atender aqueles que reencarnaram e não cumpriram a sua missão.

Isso porque é muito comum a pessoa, enquanto desencarnada, programar sua vida, mas sucumbir quando no nosso plano de existência. Afinal, possuímos livre arbítrio.

Ocorre que aqueles que saem das colônias com uma programação de trabalho e não executam suas tarefas, naturalmente sofrem os efeitos de seu fracasso, seja por culpa, seja por remorso, com efeitos fisiológicos (o perispírito do médium que fracassou carrega as feridas das lesões realizadas no corpo físico, porque estas estão presentes em sua memória e as projetam para a matéria).

Hoje, para dar início ao segundo livro de André Luiz, “Os Mensageiros”, memorizemos que o desenvolvimento da consciência espiritual faz com que a população de espíritos encarnados passe a aceitar a existência de outra dimensão habitada por espíritos desencarnados e que a própria espiritualidade superior prepara trabalhadores para ajudar na evolução desta consciência espiritual.

V – Exercícios para a semana
Como sempre, vamos manter os exercícios das outras semanas, sempre na procura de adquirir novos hábitos que melhorem nossa evolução moral e, consequentemente, nossa própria vida.

Iremos manter:
1 – Afastar todo e qualquer pensamento não edificante durante o dia a dia;
1.1       – Evitar “perder a razão” (estado de cólera, raiva);
1.2       – Indignar-se com serenidade e razoabilidade.

2        – Sempre que passar por alguém emitir bons pensamentos (principalmente as claramente necessitadas);
2.1 – Fazer pequenas gentilezas a quem está próximo.
3        – meditar cinco minutos por dia, ao menos três vezes na semana preferencialmente antes de orar e preferencialmente antes de dormir.

A nossa ideia é adquirir novos hábitos que nos ajudem na evolução espiritual, mudando o nosso padrão vibratório, para que, assim, não sejamos reféns de entidades inferiores, seja quando encarnados, seja após o desencarne.

Pois bem, dentre os hábitos que precisamos ter, talvez o mais importante seja: FAZER CARIDADE.

É necessário participarmos de alguma atividade de prestação de serviços para pessoas que estão em situação desfavorecida (em regra, no aspecto material, ou seja, sociedade carente, mas também em todos os demais sentidos).

Vamos relembrar as frases da semana passada:

“Servir é criar simpatia, fraternidade e luz”, Emmanuel.

“Ante a Lei do Senhor, o ato de servir é Luz em toda a parte. E essa lei pede em tudo: ‘ajuda agora alguém’.
Assim, quem nada faz, em nada se detém.
Recorda que a preguiça é o retrato da morte.
Toda a vida auxilia.
Auxilia também”.
André Luiz.

E vamos ver algumas mensagens novas:

“O Mundo não está ameaçado pelas más pessoas, mas sim por aqueles que permitem as maldades”. Albert Einstein.

“A caridade é um exercício espiritual... Quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma”. Chico Xavier.

“Toda moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho”. Evangelho Segundo o Espiritismo.

Assim, vemos a importância de efetivamente fazer parte de algum programa de caridade.

Não adianta afirmar que não tem tempo agora, que não é possível, que não tem patrimônio para ajudar os outros.

Isso porque, a vida não exige que sejamos missionários, ou seja, que larguemos tudo e passemos a fazer caridade. Muito menos, que doemos nosso patrimônio material.

Existem inúmeras formas de caridade e diversos programas de assistência em todas as cidades do Brasil.

Nesse sentido, basta procurar algum programa que seja adequado à sua realidade, de tempo e de dinheiro.
Diversos são os programas que precisam somente de ajuda braçal, sem doação alguma, ou seja, que necessita de obreiros do bem, você pode ser um.

Quanto ao tempo, basta procurar um programa de caridade que ocupe uma hora de sua semana, ou uma hora de seu mês, quinzena, etc.

Todos, inegavelmente, dispomos de uma hora no mês ou quinzena para trabalhar a serviço de Deus e na ajuda ao próximo. Basta querer. Tempo é prioridade. Se quisermos dispor de uma hora no mês, conseguiremos!

Fazendo caridade, transformamos nossa vibração mental, porque estamos dedicando nosso tempo na ajuda ao próximo. Assim, entramos em sintonia com amigos espirituais elevados, recebendo sua orientação e proteção.

Aos poucos, vamos adquirindo novos hábitos e mudando nossa faixa vibratória mental, melhorando nossa qualidade de vida.

Então, essa semana, todos devem procurar entrar em algum programa de caridade. Aqueles que já fazem parte, procurem pensar como podem ajudar um pouquinho mais, um tanto mais.

Tudo, mas sempre lembrando que a Caridade, como definida por Paulo de Tarso, é paciente, benigna, tolerante, compreensiva e ativa na busca do Bem de todos, começando com os que comungam da nossa intimidade, no recesso do Lar.

Mensagem de encerramento:

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