I
– Revisão
- Pensamento
Vamos começar sempre fazendo uma
pequena revisão.
E sempre vamos citar a “força do
pensamento”, porque é pela atividade mental diária que nos evoluímos.
Definição de Andre Luiz: “O pensamento
é, sem dúvidas, força criadora de nossa própria alma e, por isto mesmo, é a
continuação de nós mesmos. Através dele, atuamos no meio em que vivemos e
agimos, estabelecendo o padrão de nossa influência, no bem e no mal”.
Lembrem-se também: todo e qualquer pensamento
emite fluídos/vibrações.
Pelos pensamentos estamos sintonia com
todas as pessoas encarnadas e desencarnadas que pensam como nós.
Vejamos estas passagens:
“Imaginemo-lo (o espírito) como sendo
um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tempo, com
capacidade para assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las
simultâneamente” (Mecanismos da Mediunidade, p. 49).
Dínamo: máquina que transforma energia
mecânica em energia elétrica.
Vejamos mais esta lição de André Luiz sobre
a mente (“Mecanismos da Mediunidade”, fl. 47):
“A matéria mental é o instrumento
sutil da vontade, atuando nas formações da matéria física,
gerando as motivações de prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou
desespero, que não se reduzem efetivamente a abstrações, por
representarem turbilhões de força em que a alma cria os seus próprios estados
de mentação indutiva, atraindo para si mesma os agentes (por
enquanto imponderáveis na Terra), de luz ou sombra, vitória ou derrota,
infortúnio ou felicidade”.
“Mentação Indutiva: a indução
significa o processo através do qual um corpo que detenha propriedades
eletromagnéticas pode transmiti-las a outro corpo sem contato visível, no reino
dos poderes mentais a indução exprime processo idêntico, porquanto a
corrente mental é suscetível de reproduzir as suas próprias peculiaridades em
outra corrente mental que se lhe sintonize.”
“E tanto na eletricidade quanto no
mentalismo, o fenômeno obedece à conjugação de ondas.”
Assim, aos poucos, vamos compreendendo
porque estamos em sintonia com todos aqueles que pensam como nós.
-
Umbral
O umbral é uma dimensão vibracional
densa, formada pelas vibrações mentais dos encarnados e desencarnados, destinada
a expurgar os fluídos densos dos espíritos desencarnados.
Iremos todos para o Umbral? Em regra
sim, pois a grande maioria de nós estamos em sua faixa vibracional. Porém, não
importa se vamos para esta faixa vibracional, mas sim como nós vamos.
Ao longo dos estudos veremos que
existem várias colônias espirituais na faixa vibracional denominada Umbral,
além de hospitais e Postos de Socorro. Assim, precisamos retirar de nossas
mentes que o Umbral é um sinônimo de inferno.
Umbral é uma faixa vibratória mais
densa e somente isso.
E, como eu disse, não importa se vamos
para esta região e sim como vamos chegar nela.
Aqueles que acreditam em Deus, fazem
caridade, praticam o Bem pelo Bem, são corretos no dia a dia, fazem preces
sinceras no decorrer de suas vidas, estes, com certeza, recebem uma assistência
espiritual de seus amigos espirituais afins. Assim, normalmente, após o
desencarne, são encaminhados para os hospitais e colônias existentes no Umbral.
De outro lado, aqueles que não dedicam
um minuto de sua vida ao próximo, praticando caridade. Aqueles que fazem o mal
pelo mal, não meditam ou fazem prece. Aqueles que, como André Luiz, fumam,
bebem, comem em excesso, vivem em casas de prostituição etc., como veremos,
estão lesionando não só o corpo físico, mas o corpo espiritual também e,
naturalmente, não possuem uma ligação com os seus guias espirituais, sendo que,
dificilmente, são encaminhados para o hospitais ou colônias, porque eles
precisam expurgar estes fluídos densos adquiridos ao longo da vida terrena.
Além da necessidade de alterar a faixa vibratória de pensamento a que se
acostumaram por décadas.
Então é isso que precisamos guardar:
umbral não é inferno, é faixa vibracional natural do nosso estágio evolutivo. E
não importa se vamos para lá e sim como iremos. E o “como iremos” será
determinado pelas nossas ações durante nossa vida terrena.
II
– “Nosso Lar”
Conforme analisado semana passada, a
colônia espiritual “Nosso Lar” localiza-se nas vizinhanças do umbral e é
considerada uma colônia de transição.
Recebe o nome de colônia de transição,
porque serve para que os espíritos advindos da região umbralina sejam
socorridos e se adaptem ao Mundo Espiritual, programando novas reencarnações ou
elevando-se para outras camadas vibratórias menos densas.
Como visto, nós passamos décadas no
Mundo Material, assim, torna-se necessário se adaptar ao Mundo Espiritual e
colônias como “Nosso Lar” também possui esta finalidade.
- Organização de “Nosso Lar”
Nosso lar é uma cidade na dimensão vibracional
conhecida como Mundo Espiritual.
Por ser uma colônia de transição ela
possui sua organização estrutural voltada para receber e socorrer os espíritos
desencarnados, auxiliá-los na programação da próxima reencarnação e, quando o
caso, prepará-los para elevar-se às esferas mais altas do Mundo Espiritual.
Na colônia existem espécies de edificações,
lá chamados de Ministérios, são eles:
- Ministério da Regeneração;
- Ministério do Auxílio;
- Ministério da Comunicação;
- Ministério do Esclarecimento;
- Ministério da Elevação;
- Ministério da União Divina.
Lísias explica a André Luiz:
“Os quatro primeiros (Regeneração,
Auxílio, Comunicação e Esclarecimento) nos aproximam das esferas terrestres, os
dois últimos (Elevação e União Divina) nos ligam ao plano superior, visto que a nossa cidade espiritual é
zona de transição. Os serviços mais grosseiros localizam-se no
Ministério da Regeneração, os mais sublimes no da União Divina” (fl. 56, “Nosso
Lar”).
E, com o assombro de André Luiz com
tamanha organização, Lísias ressalta “Nenhuma organização útil se materializa
na crosta terrena, sem que seus raios iniciais partam de cima”.
Existe um Governador da colônia e ele
possui 72 Ministros que o auxiliam na organização da cidade.
III – Diversas Curiosidades sobre o Mundo Espiritual
-
Espíritos Trabalham?
Sim!
Diferentemente do que muitos acham, no
Mundo Espiritual não há ócio e sim trabalho constante.
Inclusive, somente pelo trabalho é que
as pessoas conseguem benefícios específicos em “Nosso Lar”, como casa ou até
mesmo socorro espiritual para alguém.
Vejamos a passagem em que o Ministro
Clarêncio explica esta questão para uma moradora de “Nosso Lar” que pede
recursos de proteção a seu filho:
“Só no espírito de humildade e de
trabalho é possível a nós outros proteger alguém. Que me diz de um pai
terrestre que desejasse ajudar os filhinhos, mantendo-se em absoluta quietação
no conforto do lar? O Pai (Deus) criou o serviço e a cooperação como leis que
ninguém pode trair sem prejuízo próprio. Nada lhe diz a consciência, neste
sentido? Quantos bônus-hora poderá apresentar em benefício de sua prentensão?”
(p. 87/88, “Nosso Lar”).
Isso mesmo, não há só trabalho no
Mundo Espiritual, existe também espécie de dinheiro, chamado em “Nosso Lar” de
“bônus-horas”.
Nas palavras de uma amiga de André
Luiz o bônus hora: “não é propriamente moeda, mas ficha de serviço individual,
funcionando como valor aquisitivo” (p. 139, “Nosso Lar”).
Em “Nosso Lar” o vestuário e
alimentação elementar são distribuídos gratuitamente. Além disso, existem
locais destinados a abrigar aqueles que foram socorridos a pedidos de amigos ou
familiares. Porém, aqueles que querem um diferencial precisam trabalhar.
Existe até mesmo um limite de jornada:
“Cada trabalhador deve dar, no mínimo, oito horas de serviço útil, sendo
permitido quatro horas de esforço extraordinário” (p. 140, “Nosso Lar”).
Para trabalhos mais árduos a
remuneração é duplicada.
Importante
entender: “Bônus-hora” não existe para que a
pessoa desencarnada acumule patrimônio, mas sim é uma forma de quantificação de
merecimento. A quantidade de bônus horas demonstra o tempo que a pessoa dedicou
aos trabalhos na colônia e na cooperação ao próximo. Assim, torna-se mais fácil
a adaptação ao sistema de merecimento, pelo qual o espírito consegue intervenções
específicas ao seu favor, além de privilégios pessoais como ir em um concerto
de música, roupas diferentes, etc.
Vejamos, portanto, que o Mundo
Espiritual não é lúdico, ele é apenas outra dimensão, mas lá existe uma vida
social normal, como aqui.
-
Espíritos Comem?
Sim.
O que é comer? Comer é ingerir alimentação
necessária para manutenção das forças vitais do corpo.
A pessoa quando desencarna não apenas
muda de traje? A alma não é eterna? Então, por óbvio, ela precisa se alimentar.
Assim, o corpo espiritual necessita de
alimento, mas o alimento comum à dimensão do Mundo Espiritual, ou seja, não é
idêntico ao alimento do Mundo Material.
Ocorre que essa mudança de alimentação
é de difícil adaptação para nós depois do desencarne.
André Luiz explica no livro “Evolução
em Dois Mundos”, p. 211:
“Os desencarnados em crise dessa ordem
são conduzidos pelos agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação do
plano espiritual, onde encontram alimentação semelhante à da Terra, porém
fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que se adaptem aos sistemas de
sustentação da esfera superior”.
Vejamos o caso narrado em “Nosso Lar”:
Em “Nosso Lar”, no início, era comum
os seus habitantes quererem alimentos similares ao da Terra por simples vício
mental.
Ocorre que o corpo espiritual não
necessita mais de alimentação da forma que nós estamos habituados, basta que
haja a absorção de energia vibracional/fluídica (para eles é concreta, mas
comparada à nossa possui características fluídica).
Como “Nosso Lar” é uma colônia de
transição, servindo para adaptação da nova realidade, seus dirigentes, com
ajuda de colônias mais evoluídas, determinaram uma mudança de hábitos.
A alimentação deveria deixar de ser
similar ao Mundo Material,
proporcionando uma real adaptação da pessoa no Mundo Espiritual.
Houve até mesmo revolta pública de
alguns setores de “Nosso Lar”, a fase de transição para o novo sistema de
alimentação durou mais de 50 anos.
Durante este período chegou a haver
contrabando de comida na região do Ministério da Regeneração, onde havia pessoas
desencarnadas recém chegadas do umbral.
Durante seis meses “os serviços de
alimentação de ‘Nosso Lar” foram reduzidos à inalação de princípios vitais da
atmosfera, através da respiração e água misturada a elementos solares,
elétricos e magnéticos” (fl. 65, “Nosso Lar”).
Após esta fase, apenas as regiões do
Ministério da Regeneração e do Auxílio permaneceram com alimentos similares à
esfera terrestre.
-
Espíritos Dormem? Sonham?
Claro!
Ora, o que são espíritos?
Espíritos não somos nós em outra dimensão?
Nós, em outra dimensão, não possuímos
outro traje? Outro corpo? Mais fluídico do que o atual, mas que não deixa de
ser um corpo?
O perispírito, nome que damos ao corpo
do espírito no Mundo Espiritual, também sofre com o esgotamento de energias. A
mente do espírito, ou seja, a nossa mente quando desencarnados também fica
fatigada.
Dessa forma, o sono lá é como aqui,
para recuperar o desgaste físico e mental da pessoa.
No capítulo 36 do livro “Nosso Lar”,
André Luiz narra seu sonho.
Como estudaremos mais a frente, quando
dormimos o espírito se liberta temporariamente das amarradas do corpo físico e
adentra no Mundo Espiritual.
O sonho, dessa forma, costuma ser a
nossa experiência no Mundo Espiritual. Porém, em regra, pouco ou nada guardamos
desta lembrança, porque o cérebro humano não possui a aptidão para armazenar
duas vidas (veremos isso a fundo outro dia).
O fato é, como vimos, nós, quando
desencarnados, também possuímos um corpo, o chamado perispírito.
E a pessoa desencarnada (espírito), quando
dorme também sonha e também se desprende do atual corpo (perispírito).
Disso surgem duas dúvidas:
1ª – Que forma o espírito usa ao sair
do até então único corpo que ele possui (perispírito)? Encarnados nós temos o
corpo físico, o perispírito e o espírito. Quando dormimos, encarnados, nós
desprendemos do corpo físico, adentrando no Mundo Espiritual, nesse instante, o
espírito “veste” o perispirito. Pois bem e como isso ocorre quando já estamos
no Mundo Espiritual? Ou seja, quando já somos Espírito + Perispírito.
2ª – Se já estamos no Mundo
Espiritual, para onde vamos quando sonhamos, enquanto espírito desencarnado?
Lembra quando falamos que “Nosso Lar”
é uma colônia de transição?
Lembra quando explicamos que o umbral
é apenas uma dimensão vibracional?
Pois bem, dentro do Mundo Espiritual,
existem diversas dimensões vibracionais.
O Umbral e “Nosso Lar” estão na mesma
dimensão vibracional, tanto que a colônia “Nosso Lar” possui muros em volta da
cidade com sistema de segurança para impedir a invasão de espíritos trevosos
(veremos isso mais para frente).
Pois bem, como vimos antes, “Nosso
Lar” serve para socorrer espíritos que chegam do umbral e para eles se adaptarem
ao Mundo Espiritual, podendo programar novas reencarnações ou elevar-se a esferas mais altas.
Estas esferas mais altas constituem
outras dimensões vibracionais, muito mais leves do que a dimensão vibracional
do “Nosso Lar”.
Na questão 93 do Livro dos Espíritos é
explicado: “O Espírito está revestido de uma substância vaporosa para ti, mas
ainda bem grosseira para nós”.
E ainda, na questão 94, afirmam que
para os Espíritos superiores chegarem em nossa dimensão espiritual necessitam
tornar seus perispírito mais densos.
Em “Nosso”, a mãe de André Luiz mora
em uma colônia nestas esferas mais altas.
Assim, quando André Luiz dorme, ele se
despreende do corpo perispiritual e ascende até a dimensão que a mãe dele mora.
O que ocorre entre “Nosso Lar” e a
esfera vibracional onde a mãe de André Luiz mora (esferas mais altas) é
basicamente a mesma coisa que ocorre com a gente e a esfera vibracional onde
fica o umbral e o “Nosso Lar”.
E qual o corpo que o espírito de André
Luiz usa para ascender até a esfera vibracional de sua mãe?
O espírito forma o chamado “corpo
mental”, que é apenas um envoltório sutil da mente que envolve o espírito.
Andre Luiz ressalta que não há ainda como definir precisamente para nós o que
seria este corpo mental, em razão de falta de terminologia adequada.
Ficamos, assim, com a ideia de que o
“corpo mental” é um envoltório sutil que envolve o espírito daquele que se
desprende do períspirito, assumindo a forma que a mente deste espírito
determina.
-
Existem Reuniões Mediunicas no Plano Espiritual?
Como vimos, dentro do próprio mundo
espiritual existem diversas dimensões vibracionais.
Tanto o é assim, que, como visto, o
Livro dos Espíritos traz a lição de que os espíritos superiores precisam tornar
seu corpo espiritual (perispírito) mais grosseiro para atuarem aqui.
Da mesma forma, a mãe de André Luiz,
para poder visitá-lo pessoalmente em “Nosso Lar” precisou condensar seu corpo
espiritual, adequando-o à escala vibracional em que estava André Luiz.
E o que o médium?
Médium é simplesmente a pessoa que
consegue se comunicar com outras pessoas que habitam a outra dimensão
vibracional. Não é nada mágico, místico ou sobrenatural.
Da mesma forma que aqui, no Mundo
Espiritual, na dimensão vibracional do “Nosso Lar”, existem pessoas que
conseguem se comunicar diretamente com outras pessoas que habitam dimensões
vibracionais diferentes.
No livro “Libertação” existe a
seguinte passagem (fl. 49):
“Os doadores de energia radiante, médiuns de materialização em nosso plano,
se alinhavam, não longe, em número de vinte. (...). Esbranquiçada nuvem de
substância leitosa-brilhante adensa-se em derredor e, pouco a pouco, desse
bloco de neve translúcida, emerge a figura viva e respeitável de veneranda
mulher”.
Existem dezenas de outras reuniões
mediúnicas narradas por Andre Luiz, sempre realizadas na dimensão vibracional
dele, recebendo visitas de espíritos superiores que habitam outras dimensões
vibracionais mais elevadas.
Dessa forma, estes espíritos
superiores, para se comunicarem, não precisam passar por todo o processo de
condensação de seus corpos espirituais.
Depois, com o estudo contínuo dos
livros, vamos analisar cada uma destas reuniões mediúnicas. Mas, assim, já
vamos entendendo que o Mundo Espiritual possui várias e várias dimensões
vibracionais. A própria ciência terrena, atualmente, já admite a existência de
mais de 10 dimensões (física quântica).
IV - Exercícios para a semana
IV - Exercícios para a semana
Vamos encerrar os estudos de hoje propondo
manter os três exercícios da semana passada e acrescentar um derivado do
primeiro.
Iremos manter: a) evitar pensamentos
não edificantes durante o dia a dia; b) emitir bons pensamentos quando cruzamos
com pessoas na rua (principalmente as claramente necessitadas); c) meditar
cinco minutos ao menos três vezes na semana.
O exercício que vamos acrescentar
deriva do primeiro “evitar pensamentos não edificantes”.
Será o seguinte: evitar ao máximo
ficar nervoso, com raiva, com cólera, “perder a razão”.
Semana que vem veremos a explicação do que acontece com a gente quando ficamos nervosos, quando perdemos o controle!
Excelente palestra cheia de curiosidades e dados científicos!
ResponderExcluirEu acredito que o comentário é por conta do "Foco".... hahaha, mas que bom que gostou! a ideia é essa, vamos estudando juntos!
ExcluirA tendência é ficar cada vez mais legal!